Por Marlucy Lukianocenko
O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Luis Carlos Oliveira, disse hoje (20/10), durante o Salão Internacional da Alimentação, em Paris, França, que os frigoríficos nacionais precisam ter cautela e ao mesmo tempo serenidade para fazer negociações com mercados em que não há liquidez neste momento. Um desses mercados é o da Rússia, maior importador de carne bovina do Brasil e responsável pela receita de US$ 1,2 bilhão.
Segundo Oliveira, em breve a situação deverá estar contornada e voltar à normalidade, mas o setor precisa esperar a taxa cambial se normalizar para fazer seus próximos contratos.
"Além disso, o governo da Rússia está tomando providências para amenizar os efeitos e nesta época do ano existem outros problemas, como, por exemplo, os climáticos, pois muitos navios não conseguem atracar, fato já conhecido em nosso mercado", disse o diretor, esclarecendo comentários de frigoríficos que detectaram problemas na Rússia nos últimos dias.
Oliveira fez questão de dizer que o mercado de carnes brasileiro está fortalecido, com a demanda interna aquecida.