Por Wagner Hilário
Ao fim do 1º Encoserv – Encontro Nacional de Comércio e Serviços ficou a certeza de que o evento atingiu seu propósito: formalizar os pressupostos para a criação de uma política de desenvolvimento do comércio e serviços no País. O último painel do evento, O Futuro do Comércio e Serviços no Brasil, contou com a participação do presidente da Abras, Sussumu Honda; do secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Edson Lupatini e do diretor-executivo do Instituto do Desenvolvimento do Varejo (IDV) Emerson Kapaz.
O primeiro a falar foi Sussumu Honda. Além de enfatizar a necessidade de os órgãos públicos reconhecerem o comércio e os serviços como setores tão representativos à economia quanto à indústria, destacou que o segmento supermercadista precisa ser regulamentado como atividade específica. “Hoje, os supermercados são considerados juridicamente varejo de gênero alimentício, embora todos, em especial a população, saibam que o auto-serviço é mais do que comércio de alimentos”, disse.
Sussumu afirmou que a partir de uma clara regulamentação o segmento poderá organizar sindicatos e atuar política e socialmente de forma mais sólida e efetiva.
Depois foi a vez de Kapaz, do IDV, que fez um balanço do encontro e formalizou os pressupostos que alicerçarão a política de desenvolvimento do comércio e serviços no País. “Em primeiro ligar, é preciso visão de longo prazo: é urgente que o setor se articule como Governo (Federal) para planejar seu crescimento para os próximos 5, 10 e 15 anos, preparando políticas que possam sustentar esse crescimento.”
Kapaz falou ainda da importância da integração da cadeia produtiva. A necessidade de reduzir a informalidade, de se criarem formas de abastecer o setor com crédito, de estimular os pequenos e médios, de reduzir o ônus tributário e trabalhista e de coadunar crescimento, práticas de governança, como a transparência administrativa, e sustentabilidade foram outros pressupostos levantados por Kapaz.
Ao fim, coube ao secretário do MDIC, Edson Lupatini, dizer que aquele encontro era um momento especial, que o enchia de satisfação e mostrava o amadurecimento do empresariado brasileiro. A resposta a tal demonstração de maturidade seria o compromisso do governo de em poucos dias criar o primeiro esboço de uma política de Comércio e Serviços, a exemplo da política industrial brasileira, tomando como base, as linhas gerais propostas neste Encontro.
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