por Wagner Hilário
Reeditar as temporadas vencedoras e vendedoras de 1999 e 2000 é o objetivo de Corinthians e Batavo, respectivamente, em 2009. Nos dois anos em que a empresa patrocinou o clube, ele foi bicampeão brasileiro e campeão mundial interclube. Agora, por R$ 18 milhões, a marca de laticínios da Perdigão estampará o peito e as costas da camisa do alvinegro de Parque São Jorge, uma cifra recorde na história do futebol brasileiro.
“Não tenho os números aqui, mas sei que as vendas da Batavo em 1999 e 2000 foram expressivas, e o desempenho estava seguramente ligado ao fato de a empresa patrocinar a equipe na ocasião. (Em 2009), tendo em conta o momento do time e as contratações recém-realizadas acreditamos que o retorno será ainda mais significativo”, afirmou o diretor de marketing da Batavo-Elegê Eric Boutaud.
De acordo com o diretor de marketing do Corinthians Luis Paulo Rosenberg o clube negociou com 15 empresas, e acabou por fechar com uma das primeiras. “Só temos de agradecer às empresas que negociaram com o Corinthians. Todas sempre tiveram o maior respeito e reconheceram a grandeza do clube. Porém, a Batavo foi a melhor cortejadora.”
O contrato prevê que a marca estampará o uniforme do clube dos profissionais e das categorias de base até a Taça São Paulo 2010 (campeonato com atletas de idade inferior a 18 anos realizado em janeiro). Contudo, o presidente da Batavo José Antônio do Prado Fay deixou claro que um novo contrato pode ser feito para 2010, ano do centenário corintiano.
Segundo Fay, os resultados do clube em 2009 influenciarão para a decisão, mas o principal atributo para que a parceria dure mais de um ano (10 meses) o Corinthians já tem: é reconhecidamente um time vitorioso. Para completar a força que o clube dá à marca, Boutaud lembra que a presença de Ronaldo extrapola a visibilidade da Batavo, fortalecendo-a também junto a outras torcidas.
O presidente do Corinthians Andrés Sanchez enfatizou o fato de a Batavo ser uma empresa brasileira (ligada a um grupo brasileiro) e uma antiga parceira do clube. Disse ainda que o retorno que uma agremiação de futebol gera a uma marca é praticamente impossível de medir, mas que acredita (no caso dos times de massa) que supera o valor investido pelas empresas.