Por Roberto Carlessi
O consultor José Milton Dallari, diretor da Decisão Consultoria, apresentou ontem, 26 de março, na sede da Abras, em São Paulo, a palestra “Um histórico da crise econômica, sua origem e influência no Brasil e uma visão de futuro”, dentro da programação do Supermeeting Líderes de Vendas. Dallari, que também é consultor da Abras, informou que o setor supermercadista, que no ano passado cresceu 9%, este ano deverá crescer 4,5%, diante dos efeitos da crise no sistema financeiro mundial.
No Brasil, de acordo com o consultor, o impacto da crise deverá ser bem menor que nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, por algumas razões históricas e conjunturais: o País já passou por sete planos econômicos até o advento do Plano Real, que estabilizou a moeda; as reservas cambiais ultrapassavam os US$ 200 bilhões no ano passado, o mercado interno tem grande potencial de crescimento, a regulação sobre concessão de crédito é eficiente e o Banco Central, a exemplo dos Bancos Centrais de todo o mundo, reduz a taxa de juros, que ainda está num patamar muito elevado e pode baixar com segurança.
Para este ano, Dallari diz acreditar que o PIB brasileiro registre crescimento na faixa de 1,3% a 1,5%. “Muita coisa vai mudar na próxima década nas relações internacionais, econômicas, sociais e ambientais. O dólar não voltará mais aos patamares de R$ 1,60, devendo situar-se entre R$ 2,30 e R$ 2,50, e em dois ou três anos a taxa Selic deverá se estabilizar na faixa de 6% ao ano, no mesmo patamar da economia mundial. Para ultrapassarem esse período de turbulência econômica os supermercadistas precisarão ter absoluto controle sobre despesas, ficar muito atentos aos custos fixos, evitar contrair dívidas e ampliar o leque de fornecedores”, complementou.
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