Por Roberto Carlessi
Crises são cíclicas na história do capitalismo e geram impactos negativos maiores nos países desprotegidos ou menos precavidos. Com essa afirmativa, o senador Aloizio Mercadante iniciou palestra na sede da Abras ontem, 26 de março, durante o Supermeeting Líderes de Vendas. Mercadante acrescentou que o momento é de renovação e que a crise precisa ser analisada sob a ótica de riscos e de oportunidades.
“Essa crise é severa e não pode ser subestimada. Nos Estados Unidos, que representam 25% da economia mundial, ela já provocou queda no PIB de 6,2%.
Seus efeitos são bem mais devastadores nos Estados Unidos e na Europa, principalmente nos países do Leste e na Ásia”, explicou.
O senador acrescentou que projeções apontam para crescimento negativo da economia mundial na faixa de -1% a – 0,5% para este ano e que, mesmo diante desse quadro, os impactos da crise deverão ser menores no Brasil.
“O déficit público do Brasil é de 1% do PIB, enquanto o dos Estados Unidos é de 12%. O Brasil tem 202 bilhões de dólares em reservas internacionais, sem contar uma linha de crédito do FMI, não utilizada, de 30 bilhões de dólares. Outro fator que vai nos ajudar a sair mais depressa da crise é o fato de não dependermos tanto das exportações para os Estados Unidos, uma vez que o comércio exterior do País ficou muito diversificado ao longo dos últimos anos.
Este ano as exportações do Brasil caíram 20%. No restante do mundo, caíram 45%”, acrescentou.
Outros fatores deverão contribuir para o País sair mais rapidamente da crise que o restante do mundo: as contas externas brasileiras apresentam superávit, houve e está havendo expressivo aumento de investimentos públicos em obras de infraestrutura. E apesar de a arrecadação tributária ter diminuído, a redução da taxa Selic também reduziu o tamanho da dívida pública.
Clique aqui e faça download da palestra do senador Aloizio Mercadante