Por Roberto Carlessi
O presidente do Wal-Mart Brasil, Hector Núñez, anunciou ontem, 23 de junho, em evento realizado no Hotel Hyatt, em São Paulo, pacto pela sustentabilidade e preservação do meio ambiente que tem apoio inicial de 20 fornecedores de supermercados.
Durante o evento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou a campanha nacional para redução do uso de sacolas plásticas em parceria com o Wal-Mart intitulada “Saco é um saco”.
O especialista mundial em sustentabilidade Andrew Winston, autor do livro “O ouro que vale ouro”; o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, e o presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, apresentaram palestras com muita informação sobre o tema e o diretor do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado, elogiou a união de fornecedores e grandes redes de varejo, que desenvolvem e ampliam importantes ações sustentáveis para preservar o meio-ambiente em todo o País.
Participaram do evento presidentes de dez multinacionais no Brasil (Nestlé, Unilever, Cargill, Colgate-Palmolive, Sara Lee, Pepsico, Kimberly-Clark, Johnson&Johnson, Diageo e Petit Sable), o presidente da Marfrig o presidente da Brinquedos Estrela, e vice-presidentes e diretores da 3M do Brasil, Procter&Gamble, Coca-Cola Brasil, Bunge Alimentos, AmBev, Grupo JBS, Grupo Bertin e Nat Cereais.
Núñez e os representantes dos 20 fabricantes, que produzem diversas linhas de produtos destinados aos supermercados, assinaram documento em que suas empresas se comprometem a:
. Oferecer produtos de lavanderia no mínimo duas vezes mais concentrados até 2012.
. Oferecer pelo menos um produto orgânico por categoria de alimentos até 2012.
. Reduzir em 70% o conteúdo de fosfato nos detergentes para lavanderia e cozinha até 2013.
. Reduzir o tamanho das embalagens em até 5% até 2013.
. Reduzir o consumo de sacolas plásticas em até 50% até 2013.
. Estimular as vendas de produtos com diferenciais de sustentabilidade.
. Apoiar e estimular o desenvolvimento de produtos de ciclo fechado.
Essas empresas também estão comprometidas com macropactos já formados para preservar o meio ambiente, áreas de produção de madeira, soja e pecuária e para erradicar trabalho escravo.
Núñez declarou que o consumidor global já não permite a ampliação de espaços no mercado para empresas que não pensam em sustentabilidade nem desenvolvem ações inovadoras para preservar o meio ambiente.
“Queremos ser líderes em sustentabilidade no Brasil e estamos cada vez mais empenhados em buscar soluções que contribuam para o futuro do planeta. Sabemos que a união é fundamental para desenvolver e implantar ações de sustentabilidade”, complementou.