Por Roberto Carlessi
Em outubro, as vendas do setor supermercadista brasileiro tiveram crescimento real de 7,27% (já deflacionados pelo IPCA do IBGE), comparadas com outubro de 2008. No comparativo de outubro com setembro, as vendas cresceram 8,2%.
Agora, nos dez primeiros meses deste ano, de acordo com o Índice Nacional de Vendas divulgado hoje pela Abras, a alta foi de 5,57%, sinalizando que o setor deverá fechar 2009 com crescimento acima de 5%.
O presidente da Abras, Sussumu Honda, explica que esses resultados se devem principalmente ao aumento de renda das classes D e E. “A inclusão dessa enorme parcela da população no mercado consumidor é sinal de maior progresso econômico e social”, complementou.
Índice de volume
A Abras também divulgou hoje o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen, que mostrou crescimento de 2,4% no acumulado dos dez primeiros meses deste ano. Em 2008, o acumulado desse mesmo período foi de 0,5%.
Das cestas pesquisadas, bebidas alcoólicas foi a que mais cresceu (6,8%), seguida por perecíveis (6,1%), bebidas não-alcoólicas (4,4%), limpeza caseira (3,2%), higiene e beleza (1,3%), mercearia doce (0,6%) e mercearia salgada (0,3%). A única cesta que apresentou resultado negativo (-3,87%) foi a classificada como outros, que contém principalmente produtos de bazar.
Considerando os diversos formatos de autosserviço, o padrão supermercado com 20 a 49 check-outs manteve crescimento, com alta de 9,9% das vendas em volume. Nos autosserviços com até 4 check-outs elas apresentaram queda de 0,7% e os que têm mais de 50 check-outs continuam registrando queda, desta vez de 5,9%.
Por regiões, o Nordeste registrou o maior crescimento em volume de vendas (5,7%). No interior de São Paulo elas caíram 0,5% e no Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), 1,6%.
Abrasmercado
Em outubro, o Abrasmercado, cesta com 35 produtos de elevado consumo analisada pela GfK, cresceu 0,87% no comparativo com o mês anterior. Comparado com outubro de 2008, cresceu 1,42%, saindo de R$ 257,90 para R$ 261,57.
Os produtos que tiveram as maiores altas de preço foram cebola (31,50%), tomate (8,07%) e açúcar (7,54%). As maiores baixas ficaram para leite longa vida (-11,32%), queijo mussarela (-7,09%) e creme dental (-4,06%).