Por Wagner Hilário, de Barcelona (ESP)
A Alimentaria, feira de alimentos e bebidas internacional realizada em Barcelona, na Catalunha, impressiona muitos dos varejistas brasileiros que integram a comitiva da Abras presente ao evento, e não apenas os que lá estão pela primeira vez. As razões para tal “encantamento” são ao menos três: o tamanho da feira, a diversidade de produtos e marcas e a objetividade com que os europeus procuram fazer negócio.
Composta por 15 pessoas de diversas regiões do País, entre profissionais do varejo e da indústria, a comitiva tem procurado extrair o máximo de conhecimento e realizar bons negócios — ao menos viabilizá-los — em Barcelona.
“Já vim a esta feira em outros anos e não vejo muito sinal da crise por aqui. O pavilhão de vinho é impressionante, muito maior que das outras vezes. Mesmo a feira me parece ter crescido, e não diminuído”, diz o diretor da rede mato-grossense Supermercado Modelo, Altevir Magalhães.
A feira tem 4 mil expositores distribuídos em sete pavilhões subdivididos em 15 setores. Um deles, o Intervin, específico para vinhos — em sua maioria da Espanha —, que ocupa um pavilhão inteiro, o terceiro, simplesmente o maior da feira, devendo representar por volta de 20% do espaço do centro de convenções.
Mas além de conhecer os estandes, os varejistas participam de rodadas de negócios, que começaram na terça-feira, dia 23 de março, e terminam hoje, dia 24.
No primeiro dia de negociações, o diretor do Superbox, rede mineira, ficou impressionado com a objetividade dos executivos das empresas espanholas. “É uma feira muito profissional. Os espanhóis são muito assertivos. Não estamos muito acostumados a isso, mas me agrada. Se encontrarmos maneira de resolver as questões burocráticas que envolvem a importação e conseguirmos uma boa escala, seguramente se fará negócio.”
Também no primeiro dia, o diretor administrativo da rede do interior paulista Mont Serrat, Edevaldo Retondo, teve a mesma impressão e se disse otimista quanto à realização de negócios. “Eles são muito fortes em embutidos, vinhos e azeites. A ideia é encaminhar as negociações aqui para fecharmos no Brasil, mas estou certo de que vai acontecer. Há empresas que se propuseram a mandar amostras para degustação.”
O diretor da rede brasiliense Supermaia, José Fagundes Maia, também se mostra seguro quanto ao sucesso do negócio com os espanhóis. “Com certeza, vamos fechar. As negociações foram muito bem iniciadas e a concretizaremos no Brasil.”
Comitiva Abras
Altevir Magalhães — Supermercado Modelo, Mato Grosso
Cláudio Macedo — Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
Edevaldo Retondo — Supermercado Mont Serrat, São Paulo
Francisco Araújo Neto — Supermercado Araújo, Minas Gerais
João Carlos de Oliveira — Associação Latino-Americana de Supermercados (Alas)
José Fagundes Maia — Supermaia, Brasília
José Fagundes Maia Neto — Supermaia, Brasília
José Flávio Moreira de Castro — Superbox, Minas Gerais
Luiz Fernando Pegorer — Abatedouro Beira Rio, São Paulo
Maria de Fátima Gonçalves Maia — Supermaia, Brasília
Mário Eduardo Figueira Pegorer — Abatedouro Beira Rio, São Paulo
Mário Habka — Bigbox, Brasília
Nelson Antônio Felim Júnior — Brasisal, Espírito Santo
Tiaraju Pires — Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
Sussumu Honda — Associação Brasileira de Supermercados (Abras)