As vendas reais do setor supermercadista em maio de 2010 cresceram 3,82% em relação a maio de 2009, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado hoje, 30 de junho, em coletiva de imprensa, pelo superintendente da Abras, Tiaraju Pires. Em comparação com abril deste ano, houve estabilidade, com 0,03%. “No acumulado dos cinco primeiros meses, notamos que as vendas se mantêm em alta de 5,70%, na comparação com 2009, o que mantém o setor otimista para os próximos meses”, disse.
Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 9,24% em maio em relação a maio de 2009 e alta de 0,46% sobre abril deste ano. O acumulado nominal, nos primeiros cinco meses de 2010, chega a 10,98%, na comparação ao mesmo período do ano passado.
“O setor continua vendendo bem, mantendo a sua trajetória de crescimento dos últimos meses. Mas, em maio, alguns produtos com muito peso nas vendas apresentaram redução de preços (como foi o caso do açúcar e do leite longa vida). A cesta AbrasMercado apresentou deflação em três regiões do País", avalia o superintendente da Abras, Tiaraju.
AbrasMercado
Em maio, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela GfK especialmente para a Abras, apresentou estabilidade (zero %) em relação a abril deste ano. Já na comparação com maio de 2009, o AbrasMercado apresentou crescimento de 5,56%, passando de R$ 264,59 para R$ 279,31.
Os produtos com as maiores altas em maio, na comparação com abril, foram: cebola, com 14,44%; feijão, com 10,22%; e batata, com 2,97%. Já os produtos com as maiores quedas foram: tomate, com -20,47%; açúcar, com -4,46%; e leite longa vida, com -3,02%. Segundo Tiaraju Pires, de janeiro a maio, somente a batata acumulou aumento de preço de 60,7%, o feijão por sua vez subiu 38,9% e a cebola 22,4%.
Copa do Mundo
Segundo o superintendente da Abras, as expectativas em relação ao crescimento de vendas em junho são boas, devendo seguir o mesmo patamar atual. Quanto ao efeito da Copa do Mundo sobre as vendas do setor, Tiaraju acredita que o efeito estará concentrado em itens específicos, como eletroeletrônicos, especialmente televisores, e bebidas e salgadinhos. “Em televisores, a expectativa é de crescimento de vendas de 20% a 30% e em cervejas, por exemplo, 20% no período do Copa”, estima.