Por Wagner Hilário
Professor de universidades como Harvard e consultor de megacorporações asiáticas, europeias e norte-americanos, Ben M. Bensaou deu um banho ao falar da estratégia do Oceano Azul. “Oceano Azul aqui quer dizer oceanos de inovações. Parem para pensar quantas boas ideias não surgem nas cabeças das pessoas de todo o mundo ao longo de um só dia. São toneladas de ideias, nem todas boas, mas muitas boas ideias passam silentes, não vêm à tona e oportunidades de sucesso e muito dinheiro se perdem”, afirma.
Oceano Azul seria justamente o estágio em que a empresa ou a pessoa consegue perceber o valor da ideia inovadora para o mundo, pô-la em prática e colher os frutos. No caso de uma empresa, ganhar muito dinheiro e adquirir notoriedade. Mas como mergulhar ou vislumbrar o Oceano Azul? Ele contou também e revelou os passos necessários para se alcançar esse mar de bonança, que não é sem fim (falaremos dos passos, um a um, na edição de outubro de SuperHiper).
De acordo com ele, a premissa para uma empresa chegar ao Oceano Azul é a criação de um ambiente corporativo de estímulo à inovação. Como? Ouvindo todos da empresa, sem distinção de cargos e sem preconceitos de pontos de vista. “Todos podem ser inovadores e tudo pode ser inovado. Mas para isso, devem ser criadas condições para que a inovação não seja apenas fato, mas hábito. Ser inovador é sistematicamente buscar novas ideias que criam valor para os clientes e, por consequência, para sua empresa. E isso só é possível numa empresa quando os líderes dão espaço para que os demais colaboradores digam o que pensam, revelem suas ideias.”
Segundo Bensaou, a maior barreira para a inovação é o modelo mental das próprias pessoas. Você é o maior inimigo das suas ideias inovadoras. Assim, o líder de uma empresa tende a ser o maior inimigo das boas ideias surgidas dentro da corporação que lidera.
“Para inovar, é preciso romper com o modelo mental que você tem e cultiva, é necessário pensar fora da ‘caixa’ — modelo mental —, a resposta está fora da ‘caixa’. E como se faz isso no caso de uma empresa? Grosso modo, pense como se fosse o cliente. Antes é importante que você compreenda a ‘caixa’ ao máximo. Depois, ponha-se no lugar do cliente e veja o que ele quer do seu produto e da sua empresa”, afirma Bensaou.
Leia mais em SuperHiper de outubro.