Por Wagner Hilário
Um dos maiores especialistas em RFID do mundo, o professor e pesquisador da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos (EUA), Bill Hardgrave, proferiu a penúltima palestra da 44ª Convenção Abras. O tema foi justamente RFID e, se há muito se fala da tecnologia aplicada ao varejo, mais do que nunca essa possibilidade é real e próxima.
De acordo com Hardgrave, a expectativa é que a tecnologia seja incorporada pelos supermercados norte-americanos em sete ou 10 anos. “O Brasil tem sido muito ágil em incorporar tecnologias vindas de fora, sobretudo dos EUA, e acredito que não leve mais de um ano, após sua implantação, para chegar ao Brasil”, afirmou.
Hardgrave abriu a palestra contando a história da tecnologia, dos primórdios — ela começou a ser pensada há duas décadas, mas só passou a ser efetivamente desenvolvida há uma década — até hoje. O pesquisador garantiu que os testes realizados durante todos esses anos deixaram clara a viabilidade da incorporação da tecnologia pelo setor, mas disse também que nem todos os produtos poderão dispor da ferramenta num primeiro momento. “As empresas precisam ponderar onde o RFID é realmente válido. Deverão avaliar com bastante critério, para aproveitá-lo ao máximo.”
O palestrante falou que o RFID incide sobre a acuidade de estoque. Ou seja, ele permite um controle muito mais preciso, despendendo menos tempo e reparando uma porção de falhas de operação decorrentes da imprecisão no controle de estoque, como ruptura, prevenção de perdas e gestão de mudanças de preço, e contribui para maior eficiência na realização de promoções.
Hardgrave apresentou uma porção de dados sobre os ganhos proporcionados ao supermercado por meio da tecnologia; dados colhidos na prática, já que os estudos foram feitos em parceria com grandes companhias do setor, como Walmart e Metro.
A esses dados você terá acesso na edição de outubro de SuperHiper.