Por Wagner Hilário
Pelas mãos do banco PanAmericano, da MasterCard e da empresa global de soluções de pagamento Rêv, chega ao Brasil o primeiro cartão pré-pago. O diretor de cartões do PanAmericano, Eliel Teixeira de Almeida, adiantou que os supermercados terão papel fundamental na disseminação do meio de pagamento, servindo, no futuro próximo, como posto de distribuição do cartão e de recarga dele.
O objetivo do pré-pago é facilitar o acesso da população não bancarizada aos serviços do sistema bancário. Hoje, 55% dos brasileiros, segundo o Banco Central (BC), não estão bancarizados. “O índice de rejeição de pedidos de cartão de crédito no Brasil ainda é alto, cerca de 40%. O cartão pré-pago é uma alternativa para o pagamento de salários. Além disso, a transferência de recursos entre cartões pré-pagos também será possível”, diz Almeida.
A classe D/E é o alvo do PanAmericano e o sucesso do modelo pré-pago em outros lugares do mundo, mais o potencial desse mercado na América Latina e sobretudo no Brasil corroboram o ingresso do banco e da operadora de cartões MasterCard nessa empreitada. “Hoje, os cartões pré-pagos movimentam US$ 12 bilhões no mercado latino-americano, mas seu potencial estimado é de US$ 80 bilhões”, afirma o vice-presidente de produtos da MasterCard, Marcelo Tangioni.
O usuário do cartão poderá carregá-lo com no máximo R$ 3 mil por vez e R$ 6 mil por mês e debitará dele em suas compras. O cartão pode ser carregado nas 10 mil lotéricas espalhadas por todo o País e o usuário pode fazer saques nos caixas 24 horas, pelo que pagará tarifa de R$ 3,50 por operação. Para adquirir o cartão, que começa a ser distribuído neste mês de maio na sede do banco em São Paulo — em até 60 dias todas as unidades do PanAmericano o distribuirá —, o consumidor precisa pagar R$ 10,00 e apresentar o CPF, somente.
“Trabalhamos com a estimativa conservadora de emitir 500 mil cartões no primeiro ano”, afirma Almeida.