O índice de perdas em supermercados sofreu redução de 13%, ao chegar a 1,96% no ano passado, ante o volume visto no ano anterior. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) anunciou ontem uma pesquisa do setor com a participação de 2.311 lojas, de 262 empresas supermercadistas. No relatório, o crescimento foi de 320% em relação ao universo pesquisado no último ano.
"Nossa projeção de crescimento para o setor supermercadista em 2012 é de 5%, mais que o dobro do previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) do País. Mas é preciso dar muita atenção ao controle de perdas, uma vez que o que entra por um lado pode acabar saindo pelo outro", comentou Márcio Milan, vice-presidente da Abras, durante a apresentação dos dados analisados.
A associação ainda apontou nos estudos deste ano que as causas das perdas continuam semelhantes às do ano anterior: 32,7% das perdas se dão por quebra operacional, 18,8%, por furto externo, e 14,5%, por furto interno. Entre os motivos de quebra operacional, 35% deste tipo de perda ocorrem por causa de produtos impróprios, 20% por itens danificados por colaboradores e 17% por produtos danificados por clientes.
Prevenção
Aguinaldo Marques, gestor técnico da Abras, faz questão de ressaltar a importância da prevenção de perdas nas operações varejistas. "A prevenção é responsável pela manutenção dos resultados da empresa. Nesta área, dividir o conhecimento é fundamental. As companhias devem buscar especialistas, estar atentas ao que acontece no mundo e ligadas às redes sociais", comentou.
Marques ainda acrescentou que, para um bom desempenho no aspecto da prevenção de perdas, as redes varejistas devem fazer com que o setor de Tecnologia da Informação (TI) esteja completamente integrado ao projeto desenvolvido.
A pesquisa apresentada pela associação também indicou que apenas 28% das empresas registram flagrantes de roubos. Para o gestor técnico, a fragilidade das leis brasileiras é um dos principais motivos para a situação observada.
Das empresas que participaram da análise da Abras, cerca de 57% têm atuação na Região Sudeste, 18% na Sul, 16% na Nordeste, 5% na Centro-oeste e 4% na Norte.
Veículo: DCI