Chocolate aparece em primeiro lugar na lista dos produtos mais furtados. Por ano, setor chega a gastar mais de R$ 670 milhões com segurança.
Os supermercados brasileiros fizeram a conta do que perdem com furtos: R$ 1,5 bilhão por ano, e parte deste prejuízo é repassada ao consumidor.
O chocolate aparece em primeiro lugar da lista da Associação Brasileira de Supermercados. O pacote de carne é o segundo produto mais furtado nos mercados. A lista inclui salgadinhos, lâmina de barbear, desodorante e bebidas.
Os gastos com segurança do setor somam R$ 672,9 milhões por ano. Trinta e três por cento dos supermercados possuem circuitos de TV, mas nem sempre é o suficiente. Mesmo em um supermercado com 108 câmeras, são registrados, em média, 15 furtos por mês.
“Se for comprovada a veracidade, a pessoa é detida, é acionada os órgãos de segurança pública e ela vai ser encaminhada pra delegacia”, declara Charles dos Santos, gerente prevenção de perda.
Nas mercadorias mais furtadas, como as bebidas, são colocados dispositivos de segurança. Em outros produtos, o alarme é mais discreto, parece um código de barras. Nem a carne escapa do esquema de segurança. Se o equipamento não for desativado no caixa, o cliente pode ser surpreendido na saída do supermercado, ao passar pelas barreiras eletrônicas.
“Isso pode influir no preço do cliente que é honesto, aumenta no preço pra tirar essa margem de prejuízo”, comenta Geraldo Alves, aeroviário.
O dono de um supermercado na periferia de Belo Horizonte diz que preferiu deixar de vender bebidas e cigarros. Ele admite que reajustou o preço dos produtos mais furtados, como leite em pó e azeite. “Eu coloco uma porcentagem maior. Tô jogando 10% a mais”.
"Desde o produtor até o consumidor final é afetado quando existe a perda do produto. Este valor tem que ser composto novamente no produto", diz Geraldo Marques, diretor da Associação Brasileira de Supermercados.
Veículo: O Globo - RJ