Empresários estão mais adaptados ao cenário e contam com atividade no fim do ano
A perspectiva para a geração de vagas de trabalho no comércio é favorável neste fim de ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na passagem de julho para agosto, os empresários aumentaram em 1,8% a expectativa de admissão de funcionários, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, divulgado ontem.
“É um fator favorável puxado não só por uma perspectiva da melhora da economia, mas, principalmente, por uma questão sazonal. O final do ano é o melhor período para o comércio e, consequentemente, o empresário está antevendo demanda maior por mão de obra nos próximos meses”, avalia Bruno Fernandes, economista da CNC.
A intenção de contratação de funcionários atingiu 127,7 pontos no mês passado, patamar considerado bom. A pesquisa considera uma escala de 0 a 200 pontos, sendo que um resultado acima de 100 é considerado otimismo e abaixo de 100 é interpretado como pessimismo.
Segundo Fernandes, a expectativa para o mercado de trabalho no setor é boa. Porém, a dificuldade de acelerar o crescimento da economia mantém a perspectiva de geração de vagas num patamar 0,6% menor do que o de agosto do ano passado.
Em relação aos estoques, o índice teve piora de 0,9% em relação a julho, mas melhora de 4,7% na comparação com agosto de 2011, graças à política de incentivos ao consumo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Com certeza essa melhora tem relação com a redução do IPI. Os estímulos estão favorecendo (as vendas no comércio), e, consequentemente, vem havendo ajuste nos estoques”, afirmou.
A entidade espera que a avaliação sobre os estoques, hoje aos 96 pontos, atinja os 100 pontos até o final do ano. “Os estoques tendem a se reajustar não só por um efeito sazonal, mas também pelo fato de os empresários terem se ajustado à situação. Espera-se que eles tenham ajustado os estoques a umritmo mais compatível, assim o seu nível de satisfação será melhor.”
Supermercados
Nos supermercados, as perdas em 2011 somaram 1,96% da receita operacional das empresas, queda de 0,3 ponto porcentual em relação a 2010, de acordo com pesquisa elaborada pelo Provar/FIA, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Nielsen e o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar).
O levantamento, feito com 262 supermercados, apontou que as principais causas de perdas no segmento são a quebra operacional (33%); o furto externo (19%); os erros administrativos (16%); o furto interno (15%); fornecedores (10%) e outros ajustes (10%).
De acordo com a pesquisa, os produtos com validade vencida continuam registrando a maior causa da quebra operacional nas redes de supermercados, com 35%, e apresentam aumento de 6 pontos porcentuais em relação ao último levantamento, em que foi registrado 29%.
Outras causas são: produtos danificados por colaboradores (20%), produtos danificados por clientes (17%), causas adversas (16%) e embalagens vazias com conteúdo furtado (14%).
Veículo: Brasil Econômico