Abras assina acordo de cooperação para promover o consumo de vinhos finos nacionais

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Compromisso do setor supermercadista é trabalhar para ampliar o espaço de exposição nas lojas


Mesa_participantes
esq p/dir. Orlando Rodrigues Jr (vice-presidente da A.B.B.A), Ciro de Campos Lilla (vice-presidente do Conselho Deliberativo da Abrabe), Marcio Milan (vice-presidente da Abras), Henrique Benedetti (presidente da Uvibra) e Carlos Paviani (diretor-executivo do Ibravin)
Executivos da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Bebidas (A.B.B.A) e do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira (22) para falar sobre o acordo de cooperação firmado com importadores e a retirada do pedido de salvaguarda do vinho.


O acordo entre os produtores de vinhos brasileiros e as principais associações de importadores, assinado na última sexta-feira (19), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), estabelece medidas para o crescimento do mercado de vinhos finos no Brasil bem como a ampliação do volume de produtos nacionais. A meta conjunta é aumentar o consumo per capita de 1,9 para 2,5 litros até 2016 e ampliar a venda de vinhos finos brasileiros de 19 para 40 milhões de litros em quatro anos.


Da parte do setor de supermercados, o compromisso é de trabalhar para a ampliação do espaço de exposição e promoção dos vinhos finos nacionais nas lojas.


Durante a entrevista, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, representando o presidente Sussumu Honda, destacou os compromissos assumidos pelas entidades e as ações nos pontos de venda. "Cerca de 25 milhões de consumidores entram todos os dias nos supermercados e conhecem novos produtos e conceitos. Agora vamos passar para eles esse conceito para que possam tomar suas decisões de compra, uma vez que encontrarão nas gôndolas produtos nacionais e importados", explicou Milan.

Abras, Abrabe e a A.B.B.A, em conjunto com as entidades vitivinícolas brasileiras, estabeleceram ainda diversas metas que serão desenvolvidas e acompanhadas por um grupo de trabalho formado por profissionais das entidades.

O acordo prevê a cooperação entre as partes para ampliação do consumo, redução dos tributos incidentes sobre o vinho, bem como apoio para os pedidos do setor de securitização das dívidas agrícolas e redução dos estoques de produtos vitivinícolas.

As entidades assumiram ainda compromissos pontuais. Comprometendo-se a buscar a ampliação para 25% da presença de vinhos finos brasileiros nas redes dos supermercados e para 15% nos demais estabelecimentos varejistas por meio de parcerias entre importadores e vinícolas nacionais.

Já o Ibravin e as entidades vitivinícolas representantes dos produtores brasileiros comunicaram ao governo a retirada do pedido de Salvaguarda que estava em análise no Departamento de Defesa Comercial (DECOM/MDIC) e comprometem-se a cessar quaisquer ações que visem à criação de barreiras tarifárias ou não tarifárias à importação de vinhos finos e ainda a manter os investimentos em marketing, qualificação da produção e aumento da competitividade que estavam previstos no Plano de Ajustes do processo de Salvaguarda.

O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, considerou o acordo de cooperação um momento histórico e muito importante para o setor. "Está havendo mudança de postura do mercado de vinhos, dos produtores e do comércio e as diferenças estão sendo superadas com a melhoria da qualidade para ampliar o mercado, e isto vai possibilitar um crescimento sustentável da produção brasileira de vinhos finos".

Já o vice-presidente do Conselho Deliberativo da Abrabe, Ciro de Campos Lilla, destacou a importância do acordo para o setor. "Houve mudança de postura, ao invés de brigas, fizemos um esforço conjunto e concentrado criando com isso um ambiente propício de harmonia para chegar a este acordo de cooperação."


Henrique Benedetti, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura - Uvibra, falou sobre os investimentos por parte do setor produtivo. "Os produtores renovaram os vinhedos, investiram em mudas certificadas e em melhores tratos culturais para aumentar a competitividade com outros produtores de vinhos", finalizou Benedetti.


Fonte: Luciana Martins - Repórter Portal Abras

 


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