Estudo traz comparativos globais e revela o que influencia a decisão de compra
Os brasileiros seguem otimistas e dispostos a gastar. Aqueles que ascenderam à nova classe média compraram e querem mais. Valorizam praticidade e, por sua vez, entendem que tecnologia é o que traz esse conforto. Mas, como priorizam o melhor preço, não investem em inovações tecnológicas: procuram produtos de tecnologia básica e que sejam de marcas nas quais confiam. Um nicho que já despertou a atenção de muitas marcas, que investem em produtos de tecnologia de base. Esse panorama consta de um estudo realizado no país pela GfK - quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo - entre janeiro e agosto de 2012. Os resultados da auditoria em 84 categorias de produtos foram divulgados nesta semana.
"Um bom exemplo é o que leva o consumidor emergente a comprar um celular. O primeiro ponto que pesa na sua decisão de compra é o design moderno, logo seguido de recomendação. Ao mesmo tempo em que este consumidor decide pela estética atual, ele também busca a segurança da qualidade do produto que vai adquirir. E quando falamos de atributos mais importantes para essa nova classe média, a facilidade de uso é uma liderança neste segmento e em várias outras categorias. Portanto, tecnologia de base não necessariamente significa obsolescência ou saturação, pode significar, sim, oportunidade, tanto para as marcas quanto para os consumidores que nunca tiveram acesso a certos produtos e agora podem comprá-los", explica Gisela Pougy, Diretora de Negócios da GfK, que apresentou dados sobre a performance de produtos básicos no Brasil e no mundo.
Os refrigeradores de uma porta, por exemplo, representam 28% das vendas da categoria no Brasil contra 19% da média global. Já telefones com fio têm participação de 43% nas vendas aqui, contra 23% no resto do mundo. No segmento de vídeo, os aparelhos de DVD Player significam 87% do mercado brasileiro, sobrando pouco mais de 10% de espaço para o Blu-ray, enquanto em outros países o índice de participação nas vendas desse produto é de 76%. Celulares de dois ou mais chips - de diferentes operadoras para otimizar as ligações - saltaram de 13% para 39% na preferência do consumidor brasileiro entre 2011 e 2012, contra alta de 14% para 25% na média global.
"Observamos de uma forma geral que os modelos que estão na faixa mais barata estão com forte saída em função da oferta de marcas locais. Elas sabem trabalhar o produto a preço acessível e estão entrando no mercado premium oferecendo produtos ate 60% mais em conta que as marcas globais. Isso acaba provocando significativa erosão nos preços praticados por essas marcas estrangeiras", completa Gisela.
Para conhecer em detalhes o cenário da venda de eletroeletrônicos no país - dados por categorias de produtos, regiões e canais de vendas que se destacaram, além de mudanças nas preferências do consumidor - clique aqui.
Fonte: Assessoria de Comunicação da GfK/Portal Abras