A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,37% em maio, ante 0,55% em abril, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA acumula alta de 2,88% e, em 12 meses, a variação é de 6,50%. O índice ficou no limite superior de tolerância da meta de inflação, que é de 6,50%.
Os remédios foram os vilões da inflação entre os itens pesquisados para o IPCA de maio, com variação de 1,61% (mas que representou uma desaceleração em comparação com abril, 2,99%). Entre os grupos, o IBGE destacou o comportamento dos alimentos e bebidas, que apresentou forte desaceleração ao passar de 0,96% em abril para 0,31% em maio. O instituto ressaltou o barateamento, na passagem do mês, do tomate (-10,31%).
Para o gerente de economia e pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Flávio Tayra, a inflação deve alcançar pico em junho e a partir daí começar a baixar. "em junho, a inflação sentirá o impacto da alta das passagens de ônibus e, no acumulado em 12 meses, deve acelerar, alcançando o pico do ano". A Abras estima que, no mês, o índice deve ficar próximo de 0,30%, mas em 12 meses, pode chegar próximo a 6,75%, ou seja, acima do teto da meta.
"Mas, passado o período de maior pressão, a perspectiva é de que o índice em base anualizada comece a cair", afirma o economista da Abras. "Para o encerramento do ano, nossa perspectiva é de que o IPCA feche próximo a 5,80%, até um pouco abaixo do verificado em 2012", concluiu.