O novo presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, é comerciante desde criança. Começou vendendo jabuticaba na rua e hoje é sócio-proprietário da rede de supermercados Verdemar - a 6ª maior do Estado, segundo o ranking de 2013 da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) -, que em 2014 completa 21 anos de fundação.
Formado em Administração, o belo-horizontino de 44 anos é casado e pai de dois filhos. Segundo ele, seu objetivo principal à frente da entidade é trazer informação de qualidade aos associados, para que esses possam atender melhor seus clientes, com atenção especial ao pequeno associado.
"Vai ser um grande desafio pessoal para mim, conseguir conciliar o meu trabalho como empresário, de gestor da minha empresa, e ao mesmo tempo também cuidar da associação da melhor forma possível. Por isso, para me ajudar nessa missão criamos dois cargos novos que foram as vice-presidências da Capital e do interior", disse.
O cargo de vice-presidente da Capital ficou com o empresário Gilson de Deus Lopes, do Supermercado 2B; e o de vice-presidente do interior, com o proprietário da rede de supermercados ABC de Divinópolis, Valdemar Martins do Amaral.
Em sua gestão à frente da Amis, Poni pretende priorizar o desenvolvimento tecnológico do segmento e a modernização da entidade. "Queremos a evolução do setor, apoiar, em especial, os pequenos supermercadistas. Temos que incentivá-los. O setor deixou a muito de ser apenas uma rede de compras. O papel da Amis é trazer experiências bem sucedidas, apoiar todas as regiões. Ser uma fonte de informações e de troca de experiências", afirmou.
Burocracia - Entre os principais entraves apontados pelo novo presidente está o custo Brasil, principalmente a alta carga tributária e o crescimento constante das obrigações legais. " muito complicado ser empresário no país. A burocracia é enorme. Hoje 20% do quadro de funcionários de um supermercado são da área burocrática", revelou.
Outro problema enfrentado pelos supermercadistas são os custos das transações financeiras com a utilização de cartões de crédito e débito. O problema está na falta de concorrência entre as operadoras de cartões no Brasil, o que acaba elevando as taxas a patamares muito superiores em comparação com outros países.
"Queremos mais concorrência. Foi criada uma comissão de discussão no Banco Central que está empenhada em tentar baixar essas taxas. Esse é um grande gargalo do setor", ressaltou.
Veículo: Diário do Comércio - MG