Hoje, na abertura da 35ª Convenção Anual do Setor Atacadista e Distribuidor, ABAD 2015, que acontece em Fortaleza, de hoje (3) até 6 de agosto, foi divulgado o indicador mensal Abad/FIA, que faz a análise do desempenho do setor atacadista e distribuidor. Segundo a Abad, o índice de junho continua a retratar o duro cenário do consumo que hoje atinge praticamente todos os setores da economia brasileira, apontando retração de -1,4% em relação a maio de 2015 e queda acumulada de -9,58% entre janeiro e junho, na comparação com o primeiro semestre do ano passado. A cerimônia de abertura da ABAD 2015, que ocorreu hoje no início da tarde, contou com a presença do presidente da Abras, Fernando Yamada.
O ABAD 2015, que terá como tema “ABAD 360º – Indústria, Agente de Distribuição e Varejo. Juntos gerando oportunidades”, é uma realização conjunta da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) e de sua filiada Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Acad), com o apoio do Governo do Estado do Ceará. O encontro reúne atacadistas, indústrias de bens de consumo, fornecedores de produtos e serviços e profissionais da cadeia de abastecimento em uma convenção e feira que conta com 150 expositores. A expectativa dos organizadores é gerar mais de R$ 20 bilhões em negócios.
Indicador de vendas
Segundo a Abad, houve melhora do indicador de vendas em relação a maio, já que no mês passado o resultado do acumulado do ano havia chegado a -10,41%. Também na comparação anualizada mês a mês, o índice apresentou recuperação, de -13,58% em maio para -5,03% em junho. Essa pequena recuperação está alinhada com as expectativas da ABAD, que prevê uma melhora paulatina durante o segundo semestre. A avaliação é que a base de comparação será mais fraca, já que a partir do segundo semestre do ano passado foram sentidos mais intensamente os efeitos da retração econômica que tem levado a classe C a reduzir as idas ao supermercado e a substituir alguns itens da cesta. Além disso, no segundo semestre o comércio tradicionalmente apresenta melhor desempenho, especialmente no caso dos produtos de mercearia, que correspondem às necessidades básicas das famílias.
Para a ABAD, o momento é de realinhar as estratégias e fazer ajustes, tanto para a indústria como para os agentes de distribuição e o varejo. “E ajuste não significa necessariamente ajuste de preços, embora o câmbio elevado e a subida dos juros estejam realmente pressionando os custos de toda a cadeia. Há adequações importantes que já estão sendo feitas pela indústria, como formatos reduzidos, novas alternativas em embalagens e oferta de determinados produtos em versões mais acessíveis”, diz o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho.
Todo o empenho do setor está focado em recuperar as perdas dos últimos meses e chegar ao fim de 2015 nos mesmos patamares de 2014, buscando retomar a trajetória de crescimento real a partir do próximo ano.
No âmbito da Convenção Anual do setor, a proposta é justamente promover o alinhamento necessário para que todos os integrantes da cadeia de abastecimento se beneficiem mutuamente com iniciativas voltadas à capacitação, modernização e novos conceitos de gestão capazes de gerar ganhos de eficiência e produtividade.
“A melhor saída para tempos difíceis está dentro das empresas, onde é possível racionalizar custos e aperfeiçoar processos, e na relação entre elas e seus parceiros de negócios, com o aproveitamento de novas oportunidades de mercado, que sempre surgem, apesar do baixo desempenho econômico”, completa José do Egito.
Mais informações: www.abad2015fortaleza.com.br
Fonte: ABAD