As vendas reais do setor supermercadista apresentaram queda de 3,94% em setembro em comparação ao mês de agosto deste ano. Em relação a setembro de 2014, as vendas reais recuaram 3,11%.
Os dados fazem parte do Índice Nacional de Vendas divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O índice é deflacionado pelo IPCA, medido pelo IBGE.
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de 3,42% em relação a agosto e alta de 6,09% em relação a setembro do ano passado.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as vendas reais dos supermercados apresentaram queda de 0,96%. Sem descontar o efeito da inflação, as vendas apresentaram alta de 7,5%.
Em comunicado, a Abras informou que o setor trabalha com projeções negativas para o fechamento de 2015, mesmo com a expectativa de movimento maior no varejo no fim do ano por conta das festas de Natal e Réveillon.
“O Brasil está enfrentando um momento econômico difícil, com muitas incertezas, aumento da taxa de desemprego, aumento da inflação, e já esperávamos um reflexo nas vendas”, afirmou em comunicado o presidente do conselho consultivo da Abras, Sussumu Honda.
Alta de preços A cesta de produtos Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo departamento de economia da Abras, registrou alta de 0,84% em relação a agosto, passando para R$ 415,25 em setembro. Os itens que apresentaram maiores altas foram farinha de mandioca (28,81%) e sal (17,6%). As maiores quedas registradas foram de cebola (23,61%) e tomate (16,92%).
Entre as regiões, a maior alta de preços foi registrada na região Norte (3,6%), chegando a R$ 471,98. Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste (alta de 0,88%), Sul (0,83%) e Sudeste (0,72%). Apenas a região Nordeste apresentou queda na cesta, de 2,52% no mês.
Veículo: Site Valor Econômico