Em junho, as vendas do setor em valores reais – deflacionadas pelo IPCA/IBGE – apresentaram alta de 0,59% na comparação com o mês de maio e alta de 2,71% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.
Em valores nominais, as vendas dos supermercados apresentaram alta de 0,36% em relação ao mês de maio e, quando comparadas a junho do ano anterior, alta de 5,82%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,26%.
“O mercado de trabalho apresentou um ligeiro aumento no número de contratações, de acordo com o Caged, e a inflação no primeiro semestre foi a mais baixa desde 1994, fatores que influenciam no poder de compra da população. Além disso, o crescimento das vendas de bens duráveis, com os recursos do FGTS, também impulsionou o resultado positivo”, afirma o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.
Sanzovo ressalta, ainda, a decisão da entidade nacional de supermercados de revisar a projeção de vendas reais do setor para 2017, que passou de 1,30% para 1,50%. “Analisamos o resultado do nosso Índice de Vendas do primeiro semestre e o cenário econômico atual de acordo com as projeções do mercado financeiro para o final do ano, com taxa básica de juros e inflação abaixo da meta inicial.”
Abrasmercado
No mês de junho, a cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou queda de -0,67%, passando de R$ 467,62 para R$ 464,47. Já no acumulado do ano, a cesta apresentou queda de -1,87%.
As maiores quedas de preço no mês de junho foram registradas em produtos como: tomate, batata, cebola e pernil. Já as maiores altas foram nos itens: feijão, queijo musssarela, queijo prato e farinha de mandioca. Confira a tabela abaixo:
Regiões
Em junho, somente as regiões Norte e Nordeste apresentaram alta nos preços na cesta Abrasmercado, 0,07% e 0,01%, respectivamente. A maior queda foi registrada na Região Centro-Oeste (-1,69%), impulsionada por Cuiabá (-5,65%) e Goiânia (-2,38%). Confira mais detalhes na tabela abaixo:
*Abrasmercado (cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica).
Índice de Confiança
Os empresários do autosserviço estão menos otimistas em relação ao cenário macroeconômico, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. O resultado apresentado na última pesquisa, realizada em junho, aponta 48,4 pontos (numa escala de 0 a 100), menor perspectiva desde junho de 2016 (que registrou 50,1 pontos).
Quando perguntados sobre as expectativas para os próximos seis meses, considerando a situação econômica e de negócios do País e no mundo, os empresários foram mais otimistas: 46% dos entrevistados acreditam que suas empresas estarão melhores na comparação com o momento atual.
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Redação Portal ABRAS