A greve dos caminhoneiros, que afeta todo o país começa a mostrar efeitos também nos supermercados em Bragança Paulista. Por telefone, a reportagem do jornal on line Bragança Em Pauta conversou com a gerência do Supermercados Convém, no Taboão.
Desde segunda-feira, 21, quando a greve começou a rede já foi afetada com o recebimento de leites e derivados, como queijos, bem como frutas e verduras. Ainda não há falta total dos produtos nas prateleiras, mas algumas marcas, começam a desaparecer.
Produtos vindos de Minas Gerais e do Sul do país foram os mais afetados, segundo o supermercado. Já segundo a rede de supermercados União, até a noite de hoje, 23, as lojas não tinha sido afetadas pela greve e também não havia comunicado de que na quinta-feira, 24, alguma empresa não cumpriria o cronograma de entregas.
No supermercado Esperança, clientes informaram que no período da tarde já não eram mais encontrados alguns cortes de carne. O gerente preferiu não falar com a reportagem. A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), divulgou nesta quarta-feira, 23, uma nota sobre a greve.
Na nota, a entidade ressalta que mesmo com o esforço do setor de supermercados para garantir o perfeito abastecimento da população brasileira foram identificamos que alguns estados já começaram a sofrer com o desabastecimento de alimentos. “Isso poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, se algo não for feito”, diz a nota.
A entidade, se manifestou que está buscando sensibilizar o governo federal para que uma solução seja tomada imediatamente para que a população não “sofra com a falta de produtos de necessidades básicas e com uma eventual elevação nos preços.
Ontem, 22, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) já havia alertado sobre os riscos da continuidade das paralisações e bloqueios. A entidade representa mais de 140 agroindústrias e entidades vinculadas à avicultura e à suinocultura e estabeleceu um comitê de crise para o levantamento de informações sobre os problemas causados pelo movimento nas estradas.
Os bloqueios que acontecem em todo o país impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações. “A continuar este quadro, há risco de falta de produtos para o consumidor brasileiro. Animais poderão morrer no campo com a falta de insumos”, diz a nota da entidade.
Impacto nas viagens aéreas
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) também emitiu nota sobre o assunto e alerta que com a greve “haverá impactos para as operações aéreas nas próximas horas em decorrência da falta de abastecimento de combustível em alguns aeroportos brasileiros.” A nota informa que ainda não é possível contabilizar o número de voos ou rotas impactadas.
“Alertamos aos passageiros para que estejam cientes quanto a eventuais atrasos e cancelamentos. Para embarques a partir da noite dessa quarta-feira,23, recomendamos a consulta do status de voo junto às empresas (por meio de sites, SACs ou aplicativos) antes mesmo do deslocamento ao aeroporto”, informam.
Redução do preço do diesel
A greve que começou na segunda-feira, 21, foi motivada pelos autos preços do diesel. Na noite desta quarta-feira, 23, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou uma redução de 10% do valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Isto deve gerar uma redução de cerca de 25 centavos no preço do litro do combustível na bomba.
Protestos em Bragança
Apesar do anúncio da redução do valor do diesel caminhoneiros prometem paralisar na quinta-feira, 24, a Rodovia Capitão Barduino, nas proximidades do Poupatempo a partir das 8h. Motoristas de vans, furgões e outros tipos de transporte também prometem engrossar o protesto, com concentração a partir das 8h no Lago do Taboão. A ideia é se dirigir à Rodovia Fernão Dias. Devido o aumento da procura por combustível e falta de entregas nos postos da cidade, alguns já estão sem combustível. Na maioria, há muita fila para abastecimento.
Fonte: Bragança em pauta