São Paulo - A primeira semana de greve dos caminhoneiros, que entrou ontem (28) em seu oitavo dia, derrubou em 46,5% a oferta de produtos na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a maior do País. De acordo com balanço divulgado pela companhia, na semana anterior à paralisação, foram ofertadas 63.258 toneladas de produtos, ante 33.839 toneladas nos últimos sete dias.
No total, os atacadistas deixaram de comercializar 29.419 toneladas. Os setores em que houve maior redução foram: pescados (queda de 62,5%), diversos (-57,1%) e frutas (- 47,6%). O setor de verduras caiu 43,2%; legumes, 40,2%; e flores, 18,8%.
“Desde as quatro horas de ontem, os portões do entreposto em São Paulo foram abertos normalmente, mas, até o meio-dia, foi registrada a chegada de cerca de 10% do volume normalmente comercializado, que é de cerca de 11 mil toneladas/dia”, destacou a Ceagesp em nota.
Segundo a companhia, os produtos vindos de outros estados não estão chegando ao entreposto, mas a produção proveniente do chamado cinturão verde de São Paulo – área de cultivo agrícola no entorno da Grande São Paulo – tem sido entregue. Folhas, pimentão, pepino, tomate, e chuchu estão sendo trazidos por caminhos alternativos. Alguns produtos que permitem estocagem, como maçã, pera, e abóboras, ainda são oferecidos.
SUPERMERCADOS
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que os supermercados operam com estoque médio em torno de 15 dias para produtos não perecíveis, e que muitos deles já estão chegando próximos à metade final do seu abastecimento.
“O setor tem sofrido mais com a falta de abastecimento de produtos perecíveis, prejudicando as seções de hortifrúti, açougue e laticínios e derivados. Os supermercados de todo o Brasil têm se esforçado para minimizar a falta de produtos em suas lojas, remanejando estoques e buscando fornecedores alternativos”, disse em nota.
Fonte: A Tribuna - Mato Grosso