Apesar de alguns produtos começarem a ser entregues em seus locais de destino, na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) a situação ainda é crítica. Faltam cenoura, cebola, abobrinha, tomate, berinjela, manga, mamão e abacaxi, entre outros.
“O pouco que está chegando não dá nem para começar a atender os pedidos”, afirma o presidente da Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), João Lima. Ele conta que o saco de 50 quilos de batata tem chegado a R$ 280. Uma semana atrás, custava R$ 70. Ou seja, houve alta de 300%. Quanto à caixa de tomate de 18 quilos, o valor, que era de R$ 60, está em R$ 130 – incremento de 133,3%.
“As principais estradas que abastecem a nossa região continuam bloqueadas, por isso o reflexo da greve é muito grande”, explica Lima. Ele chama atenção ao fato de que o próximo produto a faltar nas prateleiras será o limão.
Nas Gôndolas - “Ainda estamos com falta de cenoura e mandioquinha, mas devemos receber os produtos amanhã (hoje). Além disso, nosso estoque de pães industrializados também acabou, pois, mesmo com alguns centros de distribuição perto da gente, os produtos não estão chegando até eles. Mas esperamos reposição até quarta (amanhã)”, conta Cezar Marlon, gerente do Nagumo da Vila Alzira. No entanto, ele avalia que “o pior já passou”.
No supermercado, o quilo da batata, que há uma semana custava R$ 2,49, chegou a R$ 8,49 no fim de semana e, ontem, estava a R$ 6,98. A cebola, que chegou a R$ 7,98, recuou a R$ 6,98. Inicialmente, o item saía por R$ 4,98.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou que os supermercados operam com estoque médio em torno de 15 dias (de produtos não perecíveis) e que, portanto, muitos já estão chegando próximo à metade da capacidade, haja vista que a paralisação completa hoje uma semana no Grande ABC. Mesmo após o fim da greve – o que ainda não ocorreu –, o setor poderá levar de cinco a dez dias para normalizar o abastecimento, conforme estimativa da entidade.
Fonte: Diário do Grande ABC