Os estoques dos supermercados estão comprometidos também entre os produtos não perecíveis, conforme informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em nota, a entidade afirma que o estoque desses itens nas lojas costuma ser de cerca de 15 dias, mas o volume já está chegando próximo da metade com a continuidade da paralisação de caminhoneiros, que já entra pelo oitavo dia.
A entidade já havia chamado atenção, nos primeiros dias da paralisação, para a falta de produtos perecíveis, em especial nas seções de hortifrúti, açougue e laticínios e derivados. A Abras afirma que orientou todas as suas 27 associações estaduais de supermercados, por meio de ofício, com o intuito de evitar a prática abusiva de preços sem justa causa.
"A entidade nacional está trabalhando junto ao governo federal para que uma solução definitiva seja encontrada e para que o setor de supermercados, essencial da economia brasileira, responsável pelo abastecimento de quase 90% de todo alimento comercializado no País, consiga restabelecer seus estoques de mercadorias e seus fluxos", diz a Abras em nota.
"Os supermercados de todo o Brasil têm se esforçado para minimizar a falta de produtos em suas lojas, remanejando estoques e buscando fornecedores alternativos", disse a Abras. Mesmo que os protestos em estradas acabem, a entidade afirma que o setor poderá levar de 5 a 10 dias para a normalização do seu abastecimento.
Fonte: Diário do Grande ABC