O supermercado do futuro será baseado em dados e tecnologia

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Por Adriana Silvestrini do Rio de Janeiro

 

  

Alberto Serrentino da Varese Retail

 

Eduardo Terra da SBVC

 

Com olhos e ouvidos muito atentos, os supermercadistas presentes à Convenção Abras 2019 acompanharam as ideias e valiosos conceitos trazidos por Alberto Serrentino, consultor e fundador da Varese Retail, e Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

 

Em sua apresentação,  Serrentino deu o recado: “Vamos ter que ter negócios genuinamente obcecados no cliente”. Ele bate na tecla de que o varejo terá que estar, cada vez mais, centrado no cliente. Segundo o especialista, os varejistas terão que entender como as pessoas se comportam, suas jornadas de compra e o que acontece com o cliente antes, durante e depois de seus processos de compras. “Se as empresas não conseguirem entender como os clientes se comportam até chegar a loja, pode ser que alguém que o entenda, capture esse consumidor”, alerta o consultor.

 

Um importante aliado para esse entendimento é a captura e, especialmente, o uso de informações dos clientes. “Não dá para capturar dados somente quando as pessoas fazem as compras. O desafio e a necessidade é capturar dados quando as pessoas não estão em contato com as marcas. Isso é muito mais desafiador e vai exigir uma inteligência mais analítica. As empresas vão precisam ter estruturas muito mais horizontais e mais ágeis. A principal mudança do supermercado do futuro não vai ser a cara da loja, vai ser o papel dela no modelo de negócio diferente”, conclui.

 

Na sequência, Eduardo Terra, presidente da SBVC, propôs a todos fazerem o exercício estratégico de olhar para frente e pensar como será o supermercado do futuro. “A gente tem certeza que ele será bem diferente do que é hoje. Um bom exemplo é o que está acontecendo na China, que está dois, três anos à frente dos Estados Unidos em termos de mercado de consumo.”

 

Terra também chama atenção para dados e tecnologia. “Dados estão em todos os lugares e é possível capturá-los em todos os pontos de contato”, reforçou. Ele cita pesquisa do Google que aponta que, em média, por dia os brasileiros acessam 150 vezes o celular. “Dados vencem as opiniões. O supermercado do futuro será baseado em dados e tecnologia”, enfatiza Terra.

 

Redação Portal ABRAS

 


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