Da terra para a gôndola, o cliente pode ver tudo.
Ao chegar nas gondôlas, o consumidor pode escolher com segurança.O grupo Pão de Açúcar anunciou ontem, na capital paulista, uma nova etapa do programa "Qualidade desde a Origem", lançado nacionalmente em 2004. Tratas-se de um sistema de rastreabilidade de alimentos. Para tanto, apresentou um site no qual o consumidor e o produtor podem se informar a respeito de cada pormenor da cadeia de abastecimento. São frutas, legumes e verduras in natura comercializados em todas as suas unidades, com informações complementares sobre seus 750 fornecedores em todo o País. O investimento, incluindo a criação do portal, somou R$ 3 milhões.
O site www.qualidadedesdeaorigem.com.br contém dados a respeito de todos os hortifrutigranjeiros à venda nas lojas das redes Pão de Açúcar, Extra, Extra Perto, Extra Fácil, CompreBem, Sendas e Assai. O projeto conta com a parceria da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No endereço eletrônico, o consumidor terá acesso a todos os produtos oferecidos e poderá rastrear o escolhido, desde a produção até a sua entrada em uma das unidades do grupo. Segundo o vice-presidente executivo da rede, Hugo Bethlem, a iniciativa visa, além da oferta de produtos diferenciados, mostrar aos consumidores que, apesar dos custos mais altos, esses alimentos trazem benefícios à saúde.
Além das parcerias e do portal, parte do orçamento foi destinado às análises de laboratório, à informatização do sistema de controle do uso de defensivos agrícolas, na implantação de sistemas para medir o nível de contaminação por microorganismos e na capacitação dos produtores, com a implantação de normas batizadas de boas práticas.
Reprodução
Pelo portal, uma espécie de big brother hortifrutigranjeiro.Segundo o diretor comercial da rede, Leonardo Miyao, o projeto vem de encontro à atual necessidade de aumentar a produção de alimentos no País e em todo o mundo com qualidade. Por isso, o Pão de Açúcar investiu tanto em treinamento e capacitação dos produtores parceiros quanto no desenvolvimento do software Pari Passu, criado para realizar a rastreabilidade.
Miyao acrescentou que a tecnologia detecta as práticas inadequadas dos produtores quanto ao uso de agrotóxicos e, a partir daí, orienta o seu uso. A expectativa é implantar o sistema também para os peixes, a linha Caras do Brasil e a carne suína. As carnes da divisão Taek já são rastreadas.
Outra finalidade do portal é detectar as principais necessidades dos consumidores e atender suas demandas futuras. Por enquanto, o grupo observou que os compradores preocupam-se, principalmente, com a procedência dos alimentos. Atualmente, todas as unidades movimentam 100 mil toneladas de frutas, legumes e verduras por mês.
Veículo: Diário do Comércio – São Paulo