Lojas físicas se transformam em fulfillment centers urbanos e empresa investe US$ 100 milhões em sortation centers para acelerar entregas em 24 horas
Por Renato Müller
A Target, uma das principais varejistas americanas, teve nos últimos anos um aumento de 150% no volume de pedidos online entregues em até 24 horas, com uma redução da ordem de dezenas de milhões de dólares nos custos de entrega. Para que isso acontecesse, a empresa precisou reinventar sua logística.
Atualmente, a empresa usa suas 2.000 lojas nos Estados Unidos para processar 95% dos pedidos online dos consumidores. Ainda assim, isso não parece ser suficiente diante da concorrência feroz com Amazon e Walmart. Nos próximos anos, a empresa vai investir mais de US$ 100 milhões na construção de mais sortation centers – estruturas dedicadas a fazer a integração entre os grandes Centros de Distribuição da empresa e as lojas físicas, funcionando como armazéns de menor porte para trânsito de mercadorias. Hoje, a empresa conta com 10 sortation centers. “Eles nos ajudaram a reduzir os custos de distribuição, a nos tornar mais competitivos e diminuir a pegada de carbono de nossa cadeia”, afirma Gretchen McCarthy, diretora de supply chain e logística da rede.
O uso das lojas físicas como parte da estrutura de entrega faz muito sentido para uma empresa como a Target – 75% da população americana vive a menos de 15km de uma loja da rede. “Consideramos as lojas como um ativo muito importante na nossa estrutura”, diz Gretchen. Hoje, os pedidos online (incluindo alimentos, que representam cerca de 25% do faturamento da empresa) são enviados para a loja física mais próxima do cliente que tenha os produtos, retirados das prateleiras por um colaborador e levados para o fundo da loja, onde são embalados e despachados para o consumidor em questão de horas, a um custo 40% inferior ao da logística tradicional do e-commerce.
Redação SuperHiper