Com estratégia de expansão com lojas menores, Sprouts Farmers Market acelera inovação para responder às demandas dos clientes
Renato Müller
Encontrar respostas para novas demandas dos clientes faz parte do cotidiano das redes de supermercados. Nos Estados Unidos, porém, a Sprouts Farmers Market levou essa ideia alguns passos além, implementando centros de inovação em cada ponto de venda para acelerar a transformação do negócio.
Tudo começou no ano passado com uma mudança estratégica da rede, que decidiu fechar todas as suas lojas acima de 2 mil metros quadrados de área para otimizar os investimentos. Com isso, surgiu um novo desafio: a gestão do espaço físico se tornou ainda mais importante. A resposta foi a criação de um centro de inovação em cada ponto de venda, que analisa as vendas de cada produto, tira de circulação o que não está girando e propõe novidades no sortimento.
“Dessa forma, estamos sempre renovando nosso mix e criando uma sensação de ‘caça ao tesouro’ para os clientes que nos visitam”, afirma o CEO da rede, Jack Sinclair. Para o executivo, trata-se de um equilíbrio delicado, pois ao mesmo tempo em que os supermercados são um negócio de volume, é preciso atender demandas específicas dos consumidores e gerar um sentido de novidade. “Desde que implementamos os centros de inovação, nosso sortimento aumentou um pouco, pois estamos sempre experimentando novas possibilidades”, comenta.
A redução da área das lojas também mudou um pouco a vocação dos pontos de venda. Atualmente, as categorias com melhor desempenho na Sprouts Farmers Market são alimentos congelados e refeições prontas – que ganharam destaque no layout do formato enxuto de loja. “Temos nos surpreendido a cada dia com o desempenho dos produtos que colocamos à venda. Laticínios plant-based, por exemplo, estão saindo super bem, ao contrário das ‘carnes vegetais’, que não venderam tanto quanto esperávamos”, afirma.
Os testes de novos produtos têm se concentrado nos itens de marca própria, que oferecem diferenciação para a rede e podem ser produzidos sob uma demanda mais dirigida. Em 2023, cerca de 15% do sortimento das lojas foi novo, incluindo 400 novos produtos de marca própria. No quarto trimestre do ano passado, 21% das vendas da rede vieram de itens com a marca da varejista. “Continuaremos lançando novidades, testando o mercado, especialmente em itens menos comoditizados, justamente para aumentar nossa diferenciação em relação à concorrência”, completa Sinclair.
Redação SuperHiper