O Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior rede varejista do país, fechou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 361 milhões, com alta de 43,1% no lucro líquido em relação ao mesmo intervalo do ano de 2010. Os números foram divulgados na noite de ontem.
Esse crescimento engloba todas as operações de comércio da companhia - varejo de alimentos e eletroeletrônico. Mas na operação de alimentos o lucro ficou estável, em R$ 291 milhões, no último trimestre do ano. Apesar dessa manutenção, os últimos relatórios de corretoras e bancos apontavam para a possibilidade até de queda nesse lucro no GPA Alimentar no quarto trimestre, por conta da forte base de comparação de 2010. "Efeitos não recorrentes levaram a um lucro extraordinário no quarto trimestre de 2010", observa relatório da Bradesco Corretora, "por isso projetamos queda em 2011".
Como já comentado pelos analistas, boa parte do bom desempenho consolidado do grupo em 2011 teve relação direta com os resultados da Viavarejo, a nova razão social da Globex, que engloba as redes Ponto Frio e Casas Bahia.
No acumulado do ano, o braço de varejo de supermercados, hipermercados, atacado, drogarias e postos de combustível, chamado GPA Alimentar, apurou lucro líquido de R$ 659 milhões, leve alta de 2,4% em relação ao ano de 2010.
Ainda no acumulado do ano passado, o Grupo Pão de Açúcar (ao se somar nesse cálculo a operação de comércio de alimentos e de eletrônicos) apresentou alta de 16,1% no lucro líquido, que passou de R$ 618 milhões de janeiro a dezembro de 2010 para R$ 718 milhões no ano passado.
Ainda em 2011, a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do GPA cresceu 0,2 ponto, passando de 6,3% para 6,5% (relatórios de bancos esperavam estabilidade, por conta de pressões nas despesas). No negócio de alimentos, o índice passou de 7,2% para 7,6% no acumulado do ano. Segundo a empresa reforça, a área alimentar atingiu margem Ebitda de 9% de outubro a dezembro, a maior desde a abertura de capital.
Em relação à estabilidade no lucro verificada no GPA Alimentar de outubro a dezembro, a companhia explica que "o resultado foi impactado por R$ 39 milhões de gastos com associação, referente a processo de contingência em Viavarejo ocorrido antes do acordo de associação com a Nova Casas Bahia".
Ainda foram registrados R$ 19 milhões de gastos com integração, principalmente, pela baixa de ativos em função do fechamento de lojas de Ponto Frio no último trimestre. "O ano passado foi um marco para o Grupo em termos de consolidação operacional", informou em comunicado anexo aos resultados o presidente do GPA, Enéas Pestana.
Veículo: Valor Econômico