Maior rede varejista do país, o Grupo Pão de Açúcar tem ritmo maior de crescimento nas vendas no início do terceiro trimestre. O desempenho de julho foi considerado "bom" pela empresa e dentro da meta prevista para o período. "Nossas metas daqui para o fim do ano são altas. Achamos que vamos passar a viver numa crescente a partir de agora", disse, na sexta-feira, o presidente da companhia, Enéas Pestana.
"Julho foi um bom mês, agosto deve ser melhor e setembro melhor ainda", disse ele, durante o 15º Forum de Varejo da América Latina, organizado pela consultoria GS&MD, em São Paulo. "O mercado não está ruim. É mais uma questão de confiança do que de fundamentos", observou.
No mesmo tom otimista da presidente do Magazine Luiza, Luiza Trajano (que esteve no evento no dia anterior), Pestana falou em "acreditar no Brasil", disse que a inadimplência verificada no mercado foi concentrada em alguns setores e garantiu que o Grupo Pão de Açúcar vai manter o ritmo de novas inaugurações no país. Nessa mesma linha, na quinta-feira, Luiza Trajano havia falado em "parar de olhar apenas uma metade do copo" e disse que os brasileiros precisam "acreditar mais no país".
Luiza e Pestana estiveram, na quarta-feira, em reunião com Guido Mantega, ministro da Fazenda, e outros integrantes do governo. O varejo tem feito reivindicações. Nas últimas reuniões em que empresários do setor e o governo se reuniram, o varejo colocou na mesa algumas propostas, como a desoneração da folha de pagamentos e redução do custo da energia.
Na sexta, Pestana foi questionado sobre a relação da rede varejista com o Itaú - instituição que terminou a sua parceria com a Lojas Americanas e a Casa & Construção. O banco tem revisto a sua carteira de contratos no varejo. O executivo afirmou que a rede não reviu acordo com o banco e disse que a varejista manteve "o mesmo padrão de concessão [de financiamentos]".
Pestana também foi perguntado sobre o desempenho da Viavarejo, formada da união de Casas Bahia e Ponto Frio. A companhia passa por ajustes, num processo de redução de despesas e integração de culturas. "Estou satisfeito. Tem um time muito bom lá dentro".
Veículo: Valor Econômico