Rede Decisão Atacadista parte para o interior

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O grupo mineiro Decisão Atacadista, formado por quatro "atacarejos" na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), deu início a um plano de expansão no interior do Estado. E o primeiro passo será dado amanhã, com a inauguração de uma unidade em Itaúna (Centro-Oeste), mediante investimento de R$ 800 mil.

Segundo a sócia-proprietária e diretora de Marketing do grupo, Valéria Bax, a escolha de Itaúna como primeira cidade do interior a receber uma unidade da empresa está ligada às características do município. Ela explica que a região ainda não possui empreendimentos do tipo "atacarejo", que atende pessoa física e jurídica, no sistema de autosserviço.

A nova loja irá gerar 50 empregos diretos. E a facilidade de encontrar mão de obra qualificada foi, segundo Valéria, outro diferencial. "Itaúna é uma cidade universitária. Por isso, tem muitos estudantes interessados em crescer profissionalmente e com uma escolaridade acima da encontrada em várias cidades", afirma.

O plano de expansão do grupo prevê ainda a construção de mais uma unidade no interior do Estado no primeiro semestre do próximo ano. Porém, apesar de o imóvel comercial já estar comprado, a empresa ainda não divulga o nome do município onde ocorrerá a instalação, por questões estratégicas. Nem mesmo o valor que será investido foi revelado. Valéria garante, porém, que a próxima unidade a ser inaugurada será maior do que a de Itaúna e demandará investimentos superiores a R$ 800 mil.

A interiorização é uma forma encontrada pela empresa para alcançar melhores resultados em um momento em que a economia vem desacelerando e o mercado da Capital ficando cada vez mais saturado. A possibilidade de levar um modelo comercial diferenciado para cidades carentes de novidades nesse sentido é a principal estratégia adotada pela empresa.

Com as quatro lojas do grupo, localizadas em Venda Nova, Santa Luzia, Belo Horizonte e Ceasa Minas, o crescimento alcançado no faturamento no primeiro semestre foi de 15%. Mas, com a expansão, a expectativa é de uma alta próxima aos 20% no final do ano frente ao mesmo período de 2011.

Para Valéria, o que proporcionou o aumento de 15% no primeiro semestre, mesmo com o segmento de atacado em desaceleração, foi o formato de "atacarejo". Isso porque as lojas acabam concorrendo também com os supermercados, mas com uma vantagem competitiva que é o preço baixo. Além disso, muitos bares e restaurantes optam por comprar no autosserviço e colaboram com os números do segmento. "Como Belo Horizonte é a cidade dos bares, esse comércio acaba consumindo muito e não sente efeitos de crise", afirma.

O presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores do Estado de Minas Gerais (Ademig), Ronaldo Saraiva Magalhães, explica que, de fato, o formato de autosserviço é o que mais tem se destacado no segmento, composto ainda pelo atacado distribuidor e de balcão.

" um mercado menos explorado, que começa a crescer agora. Por isso, há um leque de possibilidades de investimento muito maior em todo o país, o que o torna um grande filão de negócios", afirma. A expectativa é que o setor tenha um crescimento de 5% neste ano frente a 2011.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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