Receitas em alta, controle nas despesas e menores gastos com pagamento de juros impulsionaram o lucro do Grupo Pão de Açúcar no terceiro trimestre. Entre julho e setembro, a rede varejista registrou lucro de R$ 188,3 milhões, uma alta de 41% em relação a um ano antes.
Conforme já adiantado na prévia operacional da companhia, a receita avançou 9,7% no terceiro trimestre, para R$ 12,16 bilhões. Os custos subiram 12%, para R$ 8,85 bilhões, levando o lucro bruto a R$ 3,2 bilhões, alta de 4% na comparação anual. A margem bruta caiu 1,4 ponto percentual, para 26,4%.
As despesas operacionais ficaram praticamente estáveis, com leve aumento de 2%, para R$ 2,6 bilhões. Com isso o lucro antes de juros e impostos foi de R$ 569,4 milhões, avanço de 13% em relação a um ano antes. A margem operacional ficou estável em 4,7%.
O resultado financeiro também contribuiu para o bom desempenho na última linha do balanço. Os gastos com pagamento de juros e variação cambial somaram R$ 271,9 milhões, queda de 17% em relação ao terceiro trimestre de 2011.
Já a Via Varejo, que engloba as operações de Ponto Frio, Casas Bahia e a divisão de comércio eletrônico Nova Pontocom, alcançou um lucro líquido atribuível aos controladores de R$ 69,8 milhões no mesmo período. No ano passado, as despesas com a integração da operação da Casas Bahia - gastos de R$ 89,4 milhões - levaram o resultado final a R$ 7,8 milhões.
A receita líquida também subiu, crescendo 9,5% em 12 meses para R$ 5,39 bilhões. Segundo a nota da empresa, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de alguns itens e a melhora no valor agregado das ofertas causou o avanço. Apenas a Nova Pontocom, que cuida do comércio eletrônico, registrou expansão de 3,3%.
Considerando apenas o quesito mesmas lojas - que insere na conta as unidades funcionando há pelo menos um ano -, o faturamento da Via Varejo teve alta de 7,5%. Ao mesmo tempo, o custo de produtos vendidos foi 13,8% maior, para R$ 3,94 bilhões. Com isso, o resultado bruto atingiu R$ 1,45 bilhão, praticamente estável na mesma comparação, e a margem relativa ao indicador foi de 29,6% para 26,8%. As despesas operacionais caíram 7,3%, para R$ 1,19 bilhão.
Veículo: Valor Econômico