Alvaro Furtado é presidente do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo)
O ano está acabando, mas pouco antes do último trimestre o comércio varejista de gêneros alimentícios passa por um dos momentos que exigem mais cautela dos empresários: a hora de definir as encomendas para as festas de final de ano, renovando os estoques com os itens sazonais. Qualquer erro de avaliação é prejuízo certo para o empresário. Comprar demais é risco de ter de vender o produto depois a preço de custo ou abaixo. Se comprar "de menos", deixa o cliente na mão, insatisfeito e perde negócio. No cenário macroeconômico atual, é difícil prever o comportamento do consumidor, preocupado com a manutenção do emprego e combalido pelo endividamento. O Natal de 2013 pode vir a ser um pouco mais modesto, com a preferência por itens mais acessíveis nos supermercados. O dólar subiu, então bebidas e outros artigos importados, como as castanhas, devem ser substituídos pelos itens nacionais.
A demanda nessa época exige planejamento e estrutura. Fique atento às movimentações do mercado, trace estratégias de negócios de acordo com a realidade do setor, mas também olhe para dentro de sua empresa ao definir seus estoques para o final do ano. De qualquer modo, é preciso cuidado neste momento, sendo realista ao fazer as encomendas, uma vez que um erro pode levar a uma grande descapitalização da empresa.
Ninguém melhor que o próprio empresário, que acompanha a operação no dia a dia, para conhecer o perfil e o comportamento do público que frequenta sua loja. Entra ano, sai ano, planejamento continua sendo a chave para ter um "Feliz Natal", tanto para o consumidor, quanto para o varejista.
Veículo: DCI