Pesquisa aponta as 250 maiores redes varejistas do mundo, com a presença de Lojas Americanas e Magazine Luiza na lista
Pelo segundo ano, ela traz os 50 maiores e-commerces do mundo tendo a Lojas Americanas na 15ª posição
As principais tendências do setor em 2015 são o aumento de viagens internacionais, o varejo cada vez mais vinculado ao uso dos smartphones, a experiência de compra e a rapidez para atender os consumidores e a inovação.
São Paulo, 13 de janeiro de 2015 – As 250 maiores varejistas globais geraram receitas de US$ 4,4 trilhões no ano fiscal de 2013 (de junho de 2013 a junho de 2014 – último período fiscal a permitir comparação direta entre os números das redes avaliadas), com uma média de mais de US$ 17,4 bilhões por empresa, de acordo com o relatório “Global Powers of Retailing 2015”, da Deloitte, realizado em conjunto com a STORES Media. O estudo deste ano explora as tendências inovadoras no varejo, as previsões para 2015, bem como as estratégias que as empresas estão utilizando para abordar as mudanças disruptivas que impactam o setor.
O crescimento da receita dos maiores varejistas, que começou a declinar em 2011, continuou a diminuir no ano fiscal de 2013. De acordo com o relatório, o crescimento médio da receita foi de 4,1% (no ano fiscal 2012, havia sido de 4,9%). De toda a forma, quase 80% das empresas participantes (199 companhias) apresentaram aumento das receitas durante o período avaliado.
“A desaceleração da economia global em 2014 deixou muitos consumidores com maior restrição financeira e as vendas do varejo sob pressão. Assim, a prosperidade do setor de varejo global em 2015 vai depender muito da estabilidade econômica de algumas das maiores economias. A China, a zona do Euro, bem como algumas economias emergentes importantes tiveram um ano particularmente difícil em 2014. Comparativamente, a economia americana e a britânica continuam fortes, com indicadores que apontam a chance de um crescimento robusto em 2015 e, possivelmente, nos anos seguintes", comentou Ira Kalish, economista-chefe global da Deloitte.
Tendências de varejo para 2015
• Turismo alavancando o Varejo – O turismo internacional deve crescer além das expectativas, apesar de continuar a enfrentar desafios geopolíticos e econômicos. As classes médias de mercados emergentes estão em expansão e, como consequência, estão viajando para outros países e devem impulsionar as vendas do varejo. Em 2015, os varejistas esperam atender a cada vez mais viajantes que tenham poder aquisitivo para compras, em especial, os turistas de mercados emergentes.
• Varejo via smartphone – É esperado que o varejo via smartphone continue a crescer agressivamente. Os varejistas precisam atender à demanda crescente oferecendo em suas lojas Wi-Fi gratuito e sites customizados para diferentes tipos de dispositivos pessoais. Além disso, privacidade e segurança se tornarão cada vez mais importantes e a proteção das informações do cliente será fundamental para a retenção.
• Rapidez para atender os consumidores – A velocidade continua a ser uma tendência importante no varejo. Isto inclui, mas não se limita, ao chamado "fast fashion" (varejistas que disponibilizam para venda coleções recém-lançadas e de forma periódica), a compra imediata e os novos formatos de venda (ex.: quiosques), que servem para reduzir ou eliminar a espera dos consumidores no momento de compra. Para 2015, a previsão é de que o varejo se torne ainda mais veloz, visando atender ao desejo dos consumidores. A geração Y deverá influenciar muito esse movimento, já que passará a ter cada vez mais um grande poder de compra.
• Experiência de compra – A compra já não é apenas voltada para o produto, mas sobre a experiência de compra como um todo. As empresas devem continuar a explorar formas inovadoras para melhorar a experiência de compra de seus clientes, por meio de campanhas de mídia social, atratividade nos pontos de vendas, festivais, desfiles de moda e exposições interativas.
• Varejo inovador – A indústria continuará a desenvolver e buscar novas tecnologias. Os varejistas estão mais propensos a adotar práticas inovadoras e usá-las de maneiras criativas para estar cada vez mais próximos de seus clientes.
Para Vicky Eng, líder global da Deloitte para o atendimento às empresas do setor de bens de consumo e varejo, "o setor de varejo está passando por um período de mudanças significativas. A velocidade da inovação e a ruptura sentida em toda a indústria continuará, bem como as demandas dos clientes, que continuam a aumentar na maioria dos países. Para ter sucesso nesse ambiente, os varejistas precisarão atender rapidamente às oportunidades que aparecerem. Isto exigirá uma estratégia conectada, com capacidades e iniciativas específicas, guiadas por visões fornecidas a partir de dados de mercado."
A lista dos 10 maiores varejistas do mundo
Ranking em receitas* | Nome da empresa | País de origem | Receitas* |
1 | Walmart | EUA | 476.294 |
2 | Costco Wholesale Corporation | EUA | 105.156 |
3 | Carrefour S.A. | França | 98.688 |
4 | Schwarz Unternehmens Treuhand KG | Alemanha | 98.662 |
5 | Tesco PLC | Reino Unido | 98.631 |
6 | The Kroger Co. | EUA | 98.375 |
7 | Metro AG | Alemanha | 86.393 |
8 | Aldi Einkauf GmbH & Co. oHG | Alemanha | 81.090 |
9 | The Home Depot, Inc. | EUA | 78.812 |
10 | Target Corporation | EUA | 72.596 |
Top 10 |
|
| 1.294.698 |
Top 250 |
|
| 4.354.562 |
* Base: ano fiscal de 2013
Brasileiras no ranking das 250 maiores varejistas do mundo
No ranking dos 250 maiores varejistas estão incluídas duas empresas brasileiras: a Lojas Americanas, que ocupa o 150º lugar (subindo 12 posições em relação ao último ano), e a Magazine Luiza, que aparece pela primeira vez no ranking e ocupa o 247º lugar na lista geral. O Grupo Pão de Açúcar, que até o ano fiscal anterior fazia parte individualmente do ranking como um varejista brasileira, agora figura entre os números da varejista Casino (13ª posição), já que suas operações foram incorporadas à rede francesa.
“As varejistas brasileiras ainda possuem uma presença tímida no histórico do levantamento global. Porém, considerando que o país vem passando por um momento econômico não muito favorável para o varejo podemos dizer que ter estas empresas listadas no ranking mostra que mesmo assim temos um horizonte promissor para os proximos anos.”, afirma Reynaldo Saad, líder da Deloitte para a indústria de varejo e bens de consumo.
Ranking em receitas* | Nome da empresa | País de origem | Receitas* |
150 | Lojas Americanas | Brasil | 6,247 |
247 | Magazine Luiza | Brasil | 3,758 |
* Base: ano fiscal de 2013
E-commerce cada vez mais forte
Para a criação do segundo ranking consecutivo com as top 50 empresas do e-commerce, foram analisados na pesquisa apenas varejistas online B2C (em que as vendas são realizadas diretamente ao consumidor). Dentre os e-commerces da lista, 50% são provenientes dos Estados Unidos – número pouco abaixo do encontrado no último estudo- 28 companhias. Em seguida, encontram-se as empresas europeias, com 19 e-commerces, e os mercados emergentes, com cinco representantes, sendo China e Brasil, respectivamente com quatro e um representante. A Lojas Americanas, única empresa brasileira, ocupa o 14º lugar, ganhando uma posição em relação ao ano anterior.
Essa modalidade de vendas ganha cada vez mais força, já que os top 50 obtiveram crescimento médio de 26,6% no ano fiscal de 2013. E a previsão para o próximo ano, em relação ao mercado como um todo, também reforça esse alto crescimento, conforme comenta Reynaldo Saad, “A tendência é de que o comércio eletrônico se expanda cada vez mais e tenha uma taxa crescimento acima dos 20%, enquanto o varejo tradicional, já consolidado em todos os mercados, deve obter um crescimento de no máximo 5% neste ano”.
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Fonte: Deloitte / Portal ABRAS