Especialistas afirmam: lojas que trocam lâmpadas fluorescentes por LED têm vantagens como a economia de 40%. O enfoque em sustentabilidade também atrai, além do consumo menor
Geladeiras, freezers, balcões refrigerados e ar condicionado. Estes são, de longe, os maiores vilões nas contas dos lojistas do setor supermercadista, conforme especialistas no varejo. E para reduzir o impacto nos gastos, a busca por eficiência com produtos de ponta pode ajudar.
Quem afirma isso é o executivo da Lâmpadas Golden, Leandro de Sousa. A empresa é associada da Associação Brasileira de Importadores de Produtos para Iluminação (Abilumi) e membro do Green Building Council Brasil. A opinião é compartilhada pelo consultor em redução de custos e máster franqueado da Expense Reduction Analysts (Era), Fernando Macedo.
"Os comerciantes em geral, e os supermercadistas, em particular, estão enfrentando um grande desafio. Os maiores vilões [dos gastos] são as geladeiras, os balcões refrigerados, o ar condicionado, entre outros equipamentos. Logo, manter a máxima atenção ao controle de estoque, tentar girar menores volumes em períodos mais curtos são atitudes relevantes", disse Macedo.
A respeito das lâmpadas, o mercado acredita que a instalação dos tubos de LED pode custar até o dobro do preço das fluorescentes. No entanto, o retorno do investimento costuma ser em dois anos e meio. No caso da Golden, a procura pelo serviço tem sido alta. A previsão este ano é crescer cerca de 20% em relação a 2014. "No portfólio da companhia, o LED figura com 35% do faturamento. Este ano, contudo, a previsão é de que 50% do negócio seja voltado para este segmento", falou Sousa.
A Golden acaba de atender a rede mineira de supermercados Bahamas, que inaugurou um novo sistema de iluminação no bairro Fábrica, em Juiz de Fora. A unidade agora usa integralmente a tecnologia LED na área de vendas - 938 metros quadrados. "Com o retrofit houve economia de energia de 67% e aumento do nível de luminância de 45%", afirmou representante da Golden.
Conforme o executivo, a projeção é de que o investimento se pague em 23 meses e estima-se que o Bahamas tenha investido perto de R$ 115 mil no projeto. "Como o custo de energia é caro, reduzir a conta é relevante para os negócios em termos de economia. Outro fator é o da sustentabilidade. Ter iluminação agradável, com tecnologia que não é nociva ao meio ambiente é importante. Sem falar na questão do descarte das lâmpadas incandescentes, que é caro."
Rodízio
O diretor da Era, Fernando Macedo, acredita que para não sobrecarregar o caixa das empresas, a dica é realizar um rodízio entre os equipamentos. "Outra providência é conscientizar os funcionários e premiar os que apresentem ideias e condutas visando economia. Lembrando que não deixar uma porta de geladeira ou freezer aberta além do necessário traz economias."
Hoje, no País, 70% do consumo de lâmpadas é feito com tecnologias tradicionais, como as fluorescentes. As lâmpadas de LED representam menos de 20%. O País está distante da realidade dos Estados Unidos e da Europa, onde é comum encontrar supermercados totalmente iluminados por LED.
Veículo: DCI