O Grupo Pão de Açúcar, líder no segmento de varejo do país, pretende diminuir o ritmo de seus investimentos e abrir menos lojas em 2016. A estimativa é que, durante todo o ano que vem, o montante destinado à expansão do grupo gire em torno de R$ 1 a R$ 1,5 bilhão. Em 2015, o valor deverá ficar na faixa de R$ 1,7 bilhão.
Em encontro com analistas na tarde da última quarta-feira (9), o comando do Grupo Pão de Açúcar - controlado pelo francês Casino - informou que o número de lojas abertas também deverá ser menor. Até setembro deste ano, 93 novas lojas foram inauguradas.
O assunto, na visão do vice-presidente de Finanças do grupo, está sendo tratado de forma transparente por seus executivos. "Isso não é um tabu para nós. Estamos sendo mais seletivos, dentro de um plano que está sendo atualizado. Se houver a necessidade de mais investimentos, faremos isso", afirmou Christophe Hidalgo.
Veículo: Jornal do BrasilVenda de smartphone cai 25% no Brasil no 3° trimestre, dis IDC
10,8 milhões de aparelhos foram comercializados no período; dólar, crise e aumento de ciclo de vida dos aparelhos são principais razões para queda.
O mercado brasileiro de smartphones continua em queda: depois de retrair 13% no segundo trimestre de 2015, o setor registrou novo decréscimo nas vendas no terceiro trimestre desta temporada. Segundo dados da IDC Brasil, foram vendidos 10,8 milhões de aparelhos no período de julho a setembro no Brasil – 25,5% a menos que no mesmo período do ano passado. Somando com a categoria de feature phones, foram 11,7 milhões de aparelhos comercializados – ou 35% a menos do que no terceiro trimestre de 2014.
“Assim como no segundo trimestre, novamente os estoques continuam altos e os varejistas e fabricantes fazendo promoções para conseguir vender. Estamos voltando ao patamar de 2013. A última vez em que as vendas ficaram abaixo de 11 milhões de unidades foi no terceiro trimestre daquele ano”, diz Leonardo Munin, analista da IDC Brasil. Para Munin, 2015 já é um ano atípico para o mercado de smartphones brasileiro: normalmente, o primeiro trimestre da temporada é o mais fraco em termos de vendas, mas nesse ano será o de melhor desempenho.
As expectativas da consultoria para o quatro trimestre, marcado por datas como Black Friday e Natal, também não é boa. “A Black Friday aqueceu as vendas e seu desempenho será melhor que o do Natal, mas não o suficiente para recuperar o volume do ano”, diz Munin, que vê dólar, crise e aumento do ciclo de vida dos aparelhos como razões principais para queda nas vendas.
A expectativa da consultoria é que o mercado de smartphones deve ter queda de 12,8% em 2015, com 47,6 milhões de dispositivos comercializados. Para 2016, a expectativa também é ruim: “Nossa projeção é de queda de ao menos 8%, com aproximadamente 43,8 milhões de smartphones comercializados”, diz o analista da IDC, apontando fatores como o fim da Lei do Bem para as projeções pessimistas.
Costumes.
O levantamento da IDC Brasil aponta ainda mudanças nos costumes dos consumidores. Segundo a pesquisa, o usuário levava cerca de um ano e seis meses para adquirir um novo aparelho. Hoje, o interesse pela troca permanece, porém, o que se vê é que a compra tem sido cada vez mais postergada. Apesar na queda em número de unidades vendidas, os dados da IDC revelam que houve crescimento de 1,7% na receita no terceiro trimestre, com aproximadamente R$ 9,9 bilhões.
“Hoje há equipamentos mais robustos, com recursos mais sofisticados e, consequentemente mais caros”, avalia Munin. O preço médio passou de R$ 790 no primeiro trimestre de 2015 para R$ 925 no terceiro. Outro dado apresentado pelo analista mostra que 46% das vendas – quase cinco milhões de smartphones – foram de aparelhos compatíveis com a rede 4G.
Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo