Nova unidade do Assaí Atacadista deve ser inaugurada até o início de 2019 no terreno que abrigava a antiga fábrica da Balas Juquinha, na Avenida dos Estados, em Santo André. Segundo o presidente da rede, Belmiro Gomes, a loja está em fase de construção e ainda não é possível estimar investimento total ou geração de empregos. A marca faz parte do GPA (Grupo Pão de Açúcar).
Vale lembrar que a fabricante de doces fechou as portas na região em abril de 2015, após ser adquirida por empresário carioca, que transferiu a produção para o Rio Grande do Sul. À época, o terreno acumulava dívida de R$ 16,3 milhões em IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A Prefeitura não informou, até o fechamento desta edição, como está, hoje, a situação financeira do local. Conforme reportagem do Diário de 2016, terreno que abrigou a fábrica por 28 anos havia sido transformado em estacionamento.
Ainda que a tendência de abertura de atacarejos tenha crescido durante a crise, e especialistas apontem para a redução de inaugurações deste modelo, Gomes afirma que esta é uma tendência nacional que não deve reduzir ritmo pelos próximos três anos. “Os preços são até 15% menores do que em um mercado tradicional e muitas regiões possuem demanda pelo modelo, mas ainda não contam com atacarejos”, justifica.
Em relação à região, o presidente do Assaí avalia que a economia local e o perfil dos consumidores são favoráveis à abertura deste modelo de negócio. “O público que tem maior poder aquisitivo normalmente compra em quantidades maiores e sente mais o desconto do atacarejo.”
Para se ter ideia, em 2017 foram inaugurados, no Grande ABC, sete atacarejos, ante um mercado varejista. Neste ano, o Joanin e o Sonda abriram portas em São Caetano. O primeiro, inclusive, estuda adoção de modelo híbrido mais para frente.
Inaugurações
O Assaí conta, atualmente, com oito lojas no Grande ABC, sendo a última inaugurada hoje, em Mauá – a primeira da cidade. A unidade ocupa o lugar de antigo hipermercado Extra, no mesmo espaço do Mauá Plaza Shopping, e faz parte do projeto de conversões do GPA, já realizado em três unidades da região ao longo do ano passado – o que eleva o total de novos atacarejos na região para dez.
O aporte para a conversão em Mauá foi de R$ 43 milhões e gerou 550 empregos diretos e indiretos. Destes, parte dos colaboradores foi reabsorvida da operação do Extra, e os demais que trabalhavam no local foram realocados em outras lojas do Grande ABC. “Prezamos pela manutenção do quadro de funcionários porque são pessoas que já estão habituadas ao grupo, além de ser mão de obra treinada”, observa.
“O município tem demanda para este modelo de negócio porque os moradores iam às lojas de Santo André ou Ribeirão Pires, mas tínhamos dificuldade de encontrar terreno em Mauá”, destaca Gomes. “A vantagem de estarmos dentro de um shopping é o fácil acesso. Avaliamos que foi um movimento de expansão assertivo. A rede acredita no Grande ABC.”
Em Santo André, no dia 5, o Roldão inicia as atividades da terceira loja da região, a segunda no município, no Parque João Ramalho, cujo investimento foi de R$ 17 milhões. O estabelecimento utiliza as instalações do Seta Atacadista, que encerrou as operações no ano passado. Procurado pela equipe de reportagem, o Makro afirmou que não há previsão de inaugurações na região. Já o Atacadão informou que não divulga dados sobre inaugurações.
Fonte: Diário do Grande ABC