A pandemia do novo coronavírus provocou um aumento nas vendas on-line nos supermercados de Mogi das Cruzes. Os estabelecimentos que já vendiam pela internet viram as vendas disparar. E quem ainda não atuava no segmento investiu no ambiente virtual.
As vendas on-line também ajudaram quem perdeu o emprego a ter uma nova ocupação. Há três meses, Ari Ribeiro, que era professor em Mogi das Cruzes, perdeu o emprego por causa da pandemia. Desde então, a rotina dele tem sido percorrer a cidade fazendo entregas como motoboy.
Além dos lanches e das comidas prontas, que representam a maior parte dos pedidos, ele também entrega compras de supermercado, que é uma opção para quem prefere a comodidade de não sair de casa. "Tem um número restrito, por causa do peso. Então são em torno de dezesseis unidades, como leite, carne, frios, arroz e feijão, conta o motoboy.
Durante a pandemia do novo coronavírus, as vendas on-line de supermercado cresceram 457% no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Mais de 135 mil lojas de todo o país aderiram às vendas pela internet os supermercados estão no topo do ranking.
Mesmo antes da pandemia, uma rede de supermercados de Mogi já oferecia a opção do e-commerce. Segundo o gerente de e-commerce Marcelo Cury, seja pelo computador ou pelo celular, é só entrar no site e comprar o que quiser. "Então, as pessoas entram no próprio site e montam seu carrinho. No site tem todas as opções de produto que temos nas lojas físicas. A pessoa faz a compra no site, já agenda a entrega e faz o pagamento", explica o gerente.
Na rede de supermercados, o sistema de compras pela internet já existe há seis anos mas, por causa da pandemia, a demanda aumentou. Entre o fim de março e a primeira quinzena de abril, por exemplo, a procura foi 400% maior do que no mesmo período do ano passado.
Passados esses meses, a procura pela modalidade estabilizou um pouco, mas ainda assim é 100% maior do que no mesmo período de 2019. Mudamos as pessoas e ampliamos a equipe. Também fizemos parcerias com outros aplicativos e empresas de logística, ressalta Marcelo Cury.
No setor onde os pedidos são organizados, todo cuidado é pouco, principalmente para não misturar as entregas de clientes diferentes. Para isso, os funcionários identificam as sacolas com um número.
De acordo com o gerente do e-commerce, os cuidados também são para garantir que os alimentos cheguem frescos na casa do consumidor. "A entrega é feita no dia seguinte, mas a separação é feita no mesmo dia. Os perecíveis são os últimos que separamos. Armazenamos todos os perecíveis nas geladeiras ou freezers, desde hortifruti, carnes, frios, comidas prontas congeladas. Durante todo o trajeto, os produtos vão em equipamentos de hot box, para manter o frescor, explica Marcelo Cury.
Em um outro supermercado em Mogi, as compras on-line também aumentaram nessa quarentena, mas sistema é um pouco diferente. De acordo com o gerente Felipe Gomes, depois de selecionar os itens, o cliente vai até uma das unidades da rede e faz a retirada no local, sem precisar descer do carro.
O cliente escolhe a loja que quer fazer e retirar a compra. Depois de colocar os produtos no carrinho e checar se comprou todos os itens, ele finaliza a compra. Se tiver cadastro, só precisa colocar o login, mas se não tiver é necessário se cadastrar. O cliente receberá uma confirmação por e-mail ou por whatsapp, e então já poderá vir retirar a compra, que colocamos no porta mala, explica o gerente.
O gerente conta que a ideia de implantar o e-commerce já era antiga, mas a pandemia foi decisiva para colocar o projeto em prática.
Na primeira semana tínhamos uma procura, já na segunda semana a procura dobrou e um mês depois triplicou. Estamos em uma crescente, ressalta Felipe Gomes.
A ideia agradou o aposentado Adalberto Redondo, morador de Suzano, que faz questão de comprar pela internet e só passar no supermercado para retirar.
O preço é igual e os produtos vem certinho. É muito mais cômodo, eu chego no supermercado e já saio com a compra, conta o aposentado.
Fonte: G1