O bom desenho do Minuto Pão de Açúcar no segundo trimestre e no ano, animou a GPA. O desempenho no período é reflexo da maior demanda em lojas menores e de bairro, como efeito do home office. “Vamos acelerar a abertura de Minuto Pão de Açúcar. Serão 100 lojas em três anos, e este ano serão pelos menos 20”, disse o presidente do GPA, Jorge Faiçal.
A venda bruta nessas lojas de vizinhança do GPA (Minuto Extra, Minuto Pão de Açúcar e o programa Aliados, uma parceria com lojas de bairro) subiu 27,7% de abril a junho, mas Pão de Açúcar caiu 24,1%, e Extra recuou 13,9%. Os supermercados Mercado Extra e Compre Bem caem 2,7%.
Durante teleconferência de resultados, o executivo disse que a operação de hipermercados foi afetada pela forte base de comparação de 2020 e, nos supermercados Pão de Açúcar, houve efeito de migração de consumidores para outros canais, como atacarejos e até outros supermercados.
“Para Pão de Açúcar, estamos cauteloso com o resto do ano, e mais animados para o ano que vem. Ainda esperamos redução gradual no terceiro trimestre, mas agosto e setembro melhor que julho. O quarto trimestre deve ser melhor que terceiro trimestre”, avalia.
Faiçal afirmou que a companhia busca um hipermercado mais barato, mantendo uma política definida meses atrás, para tentar recuperar as vendas em algumas lojas, mas voltou a afirmar que a rede não irá virar atacarejo. Isso porque, entre diferentes razões, as ações comerciais mais combativas, como é comum no atacarejo, não se estendem a toda a operação do hipermercado.
“Há dois meses, o nosso hipermercado volta a ganhar participação, então há um movimento de recuperação”, diz o executivo, após defender um posicionamento mais agressivo em preços. “Hipermercado caro é hipermercado morto”.
Fonte: Newtrade