A Câmara de Sorocaba, a 92 km de São Paulo, aprovou ontem, em votação definitiva, um projeto de lei que obriga as redes de hipermercados instaladas na cidade a oferecerem sacolas oxibiodegradáveis para os consumidores levarem suas compras. O projeto proíbe, nesses estabelecimentos, o uso de sacolas plásticas comuns. Segundo o vereador João Donizeti (PSDB), autor da proposta, as sacolas de plástico oxibiodegradável - que se degrada na presença da luz e do oxigênio - levam em média 18 meses para se decompor, contra até 600 anos do plástico comum.
Porém, as sacolas oxibiodegradáveis também são controversas. O secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, diz que esse plástico é ilusoriamente ecológico, já que a degradação do oxibiodegradável é baseada em aditivos químicos que contaminam solo e água.
Sorocaba descarta mais de 30 milhões de sacolinhas por mês. O projeto, que deve ser sancionado pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB), prevê notificação em caso de descumprimento e multa de R$ 5 mil a R$ 10 mil na reincidência. Os estabelecimentos terão prazo de 90 dias após a publicação para se adequarem à norma. Os valores arrecadados com multas serão revertidos a um fundo de apoio ao meio ambiente.
Veículo: O Estado de S.Paulo