Os vereadores paulistanos não entraram em consenso para votar ontem um projeto que estabelecia prazo até 2014 para o fim das sacolas plásticas no comércio da capital. O vereador Francisco Chagas (PT) contou com o apoio dos parlamentares do PR, PMDB, PCdoB, PV, PTB e da bancada petista ao pedir o adiamento da votação.
Pela proposta de autoria do líder do PSDB, Carlos Alberto Bezerra Júnior, as redes de supermercados com mais de 20 lojas teriam seis meses para proibirem a distribuição gratuita das sacolinhas. "É um prazo muito pequeno para os lojistas se adaptarem. A mudança não pode ser tão abrupta assim", argumentou o líder do PT no Legislativo, vereador José Américo. Para as feiras livres o prazo de adaptação era maior, de quatro anos.
O projeto não deve voltar à pauta. Segundo petistas e vereadores do "centrão", um novo projeto substitutivo deve ser analisado a partir da próxima semana, mas sem chance de ser votado neste ano. A intenção do grupo que barrou a proposta era não deixar o líder do PSDB, eleito deputado estadual em outubro, sair da Câmara com a "grife" do projeto do fim das sacolinhas.
Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida, diz que "as sacolas hoje são indispensáveis ao cotidiano". Porém, jogadas incorretamente no ambiente, elas entopem bueiros e ajudam a provocar enchentes.
Veículo: O Estado de S.Paulo