Boas práticas e desenvolvimento sustentável

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O resultado da pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, divulgada em São Paulo, no final de novembro, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a rede Walmart Brasil, com a colaboração da Agência Envolverde e da Synovate Research, nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro, apresentam dados importantes sobre a sustentabilidade.

 

A ideia pesquisa surgiu, num primeiro momento, para analisar como consumidor vem reagindo frente à campanha para redução do uso de sacolas plásticas. 69% dos participantes afirmaram que carregariam suas compras em sacos ou sacolas de outro material, caso as plásticas deixassem de existir. Com relação às demais perguntas, as respostas confirmam que: o cidadão comum está mais preocupado em conhecer os temas da sustentabilidade do que propriamente em mudanças de comportamento. O brasileiro exibe "preocupação" com a causa ambiental, mas não pensa que seja o principal problema do bairro, da cidade ou do País.

 

A pesquisa também mostrou hábitos em transformação: 45% já evitaram jogar no lixo comum produtos tóxicos ou que agridam o meio ambiente; 41% consertaram algum produto quebrado para prolongar sua vida útil; e 31% deixaram de comprar algum produto por informações contidas no rótulo. No âmbito empresarial, um dos fatores limitantes da sustentabilidade tem sido justamente a falta de mecanismos de mercado que premiem ou punam os produtos e os comportamentos das empresas. Com isso, o consumidor não consegue diferenciar uma empresa responsável de outra que não está preocupada com os impactos da sua atividade, deixando assim de elevar seu padrão de exigência. O Instituto Ethos de Empresas de Responsabilidade Social alerta sobre essa consciência superficial do consumidor. Por isso, torna-se urgente que empresas mais engajadas no movimento de responsabilidade social criem referências para que o mercado e a sociedade possam diferenciá-las, elevando-se o nível de exigência em relação às demais isso, torna-se urgente que empresas mais engajadas no movimento de responsabilidade social criem referências para que o mercado e a sociedade possam diferenciá-las, elevando-se o nível de exigência em relação às demais.

 

PET de cana de açúcar

 

Apesar de ainda não estar enquadrada no Índice de Estabilidade Social (ISE) nem no Índice Carbono Eficiente (ICO2), a Coca-Cola Brasil é um grande exemplo de empresa que investe em sustentabilidade. Em março deste ano, a empresa lançou uma garrafa de PET feita a partir da cana-de-açúcar, chamada de PlantBottle, a primeira cuja composição conta parcialmente com material de origem vegetal.

 

O plástico à base de etanol de cana-de-açúcar substituiu parte do petróleo como insumo da nova embalagem, o que reduz em até 20% as emissões de gás carbônico (CO2) e impulsiona o setor sucroenergético brasileiro.

 

A marca deu o primeiro passo rumo à garrafa sustentável do futuro e torna-se pioneira no lançamento da PlantBottle na América Latina. Trata-se de uma embalagem revolucionária, por ter origem parcialmente vegetal -30% de sua composição são à base da planta-, a novidade reduzirá a dependência da empresa dos recursos não renováveis.

 

Sem mudança de propriedades químicas, cor, peso ou aparência em relação ao PET (politereftalato de etileno) convencional, a PlantBottle é 100% reciclável e entra na cadeia de reaproveitamento de materiais consolidada no País desde sua chegada ao mercado.

 

"Houve uma grande mobilização e investimentos para chegarmos à fórmula da PlantBottle, e, com seu lançamento, confirmamos novamente nossa posição de vanguarda na inovação de embalagens. Ao substituir parte do petróleo usado na fabricação do PET por etanol de cana-de-açúcar, um recurso absolutamente renovável e abundante no País, a Coca-Cola Brasil inaugura uma nova era de embalagens plásticas", afirma Xiemar Zarazúa, presidente da empresa no Brasil.

 

"O Brasil é um dos primeiros mercados a adotar a PlantBottle, e acreditamos que, com isso, a Coca-Cola Brasil e seus fabricantes incentivam as demais indústrias a tomar medidas semelhantes. Vale destacar que todas as embalagens PlantBottle do mundo serão feitas com base no etanol brasileiro. "Esta é mais uma importante iniciativa de sustentabilidade que a Coca-Cola Brasil abraça", arremata Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa.

 

Operação para 2013

 

A Braskem permanece no ISE da Bovespa pelo sexto ano consecutivo. "O nosso objetivo é nos tornarmos líder da química sustentável mundial, buscando novos processos de produção e formas de atuar de modo preservar o meio ambiente, promovendo o desenvolvimento da sociedade e criando um ambiente econômico confortável para todos os envolvidos no processo", informa Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem. Para tanto, Soto enumera os objetivos criados pela empresa para atingir tal finalidade: se tornar referência global em segurança química, ter a menor emissão de GEE e de eficiência energética do mundo entre as indústrias químicas, se manter como referência global em eficiência hídrica, ser o maior fabricante mundial de produtos baseados em matéria-prima renovável, contribuir para a reciclagem mecânica e energética dos plásticos pós-consumo e ser reconhecido como um importante agende de desenvolvimento humano. Uma das conquistas da Braskem no que diz respeito à matéria-prima de origem renovável é o plástico verde, feito de cana-de-açúcar. Recentemente, anunciou a conclusão da etapa conceitual do projeto da nova planta de propeno verde, que servirá de matéria-prima para o polipropileno verde, que deve começar a operar em 2013.

 


Veículo: DCI

 


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