Para entrar em um novo segmento de suprimento de latinhas usadas de alumínio e ampliar sua base de fornecedores de material para reciclagem, atualmente concentrada no atacado, a Novelis está criando uma nova unidade de negócios. Trata-se de uma divisão voltada para atuar no varejo, formado por centenas e ou milhares de coletadores que captam latas, os quais repassam para cooperativas e pequenos sucateiros e depósitos. O investimento no projeto, que ficará pronto até meados do ano, é de US$ 4 milhões.
Esse investimento vem se somar aos US$ 15 milhões que a empresa acaba de aplicar na instalação de um novo forno e outras instalações em Pindamonhangaba (SP), elevando sua capacidade de reciclagem de 150 mil para 200 mil toneladas ao ano. O novo forno entrou em operação neste mês.
Segundo Roberta Soares, gerente de negócios de reciclagem da Novelis, com essa iniciativa a empresa monta uma nova plataforma de suprimento, o varejo, que considera muito importante na sua estratégia de crescimento do negócio de reciclagem no país. A companhia, além de líder mundial na fabricação de produtos laminados de alumínio, ocupa a mesma posição na reciclagem.
A executiva, responsável pela implantação e pelas áreas financeira e administrativa do negócio de reciclagem, informa que serão instalados seis centros de coleta. Um ficará no Sul, em Florianópolis (SC); três no Sudeste - em Presidente Prudente, Vale do Paraíba e na capital paulista; e dois no Nordeste - em Salvador (BA) e no Recife (PE). Cada unidade terá capacidade para 700 toneladas ao mês. No total, vai empregar 60 pessoas.
"A rede complementa nossas compras atuais e abre oportunidade para a Novelis ter maior proximidade com o início da cadeia da reciclagem", disse a executiva. No suprimento do atacado, o material adquirido chega prensado e paletizado, líquido ou como sucata de clientes. Da rede, virá com limpeza inicial, prensado e enfardado.
Em 2010, a Novelis, pertencente ao grupo indiano Hindalco, reciclou o equivalente a 8,5 bilhões de latas (mais de 110 mil toneladas) no Brasil, num mercado que teve vendas da ordem de 18 bilhões. Em dezembro, a empresa anunciou o fechamento de sua fundição de metal em Aratu (BA), deixando de produzir 60 mil toneladas/ano.
Veículo: Valor Econômico