Racionalizar e conscientizar a população do uso das sacolas plásticas e demais materiais reaproveitáveis. Esse é o objeto do termo de cooperação técnica assinado ontem pelo prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) e entidades e indústrias do setor, comércio e trabalhadores.
A Prefeitura aproveitou para lançar as novas sacolas que serão distribuídas pelos supermercados. "As sacolas brancas são destinadas ao lixo orgânico e as verdes para a reciclagem", explica o secretário de Gestão Ambiental Giba Marson, que ressalta que a diferença das cores é determinação de Lei de Resíduos Sólidos para facilitar o processo da coleta seletiva. O anúncio foi feito durante a criação do portal virtual da Escola Nacional de Consumo Responsável.
A expectativa de Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos) e do Instituto Nacional do Plástico Miguel Bahiense a expectativa é que estejam circulando entre dois e três meses em São Bernardo. "É o tempo que precisamos para comunicarmos os supermercados e resolver as questões de estoque", explica. As sacolas terão mensagens de educação ambiental.
Dentre os compromissos firmados, um deles é diminuir entre 30% e 40% a quantidade de sacolas plásticas usadas na cidade. Bahiense ressalta a economia das sacolas produzidas dentro da norma da ABNT 14937. A sacola comum pesa 3,5 gramas, porém a maioria da população acaba utilizando duas pela falta de resistência. Enquanto que a dentro da norma pesa 4, 5 gramas e aguenta até 6 quilos. "Vamos combater o desperdício e ainda economizar 55% de matéria prima", ressalta.
Para Marinho, transformar a sacolinha plástica em vilão é um equívoco. "Se banirmos as sacolas, o que faremos com a borra de petróleo, usado na produção do material", questiona. Ele também ressalta a importância do produto que terá papel fundamental no funcionamento da usina geração de energia a partir do lixo, que será criada no bairro Alvarenga.
Outro meio de racionalizar o uso das sacolas plásticas é por meio educação ambiental. O portal virtual da Escola Nacional de Consumo Responsável que poderá ser acessado a partir de novembro pelo site www.escola deconsumoresponsavel.com.br, será coordenado pela Prefeitura , e servirá de base para desenvolver conceitos de sustentabilidade em todo o País, por meio de treinamentos a distância, materiais didáticos e jogos. Terá também conteúdo específico a educadores, estudantes, profissionais do varejo e gestores ambientais.
O acordo foi afirmado após diversas reuniões entre a administração Plastivida, INP, Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis, Clube dos Diretores Lojistas e o Sindicato dos Químicos do ABC.
Veículo: Diário do Grande ABC