O prefeito Gilberto Kassab assinou na tarde de ontem, no Edifício Matarazzo, sede da administração municipal, um protocolo de intenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) que prevê, a partir do dia 25 de janeiro de 2012, o fim da distribuição de sacolas plásticas em supermercados da capital.
Assinaram também o protocolo o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e o presidente da Apas, João Galassi. A medida já conta com o apoio de três redes de supermercados.
Kassab destacou que a proposta do projeto é estimular ações com foco na preservação do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável. "É evidente que as sacolas plásticas trazem um problema para o meio ambiente. A partir da união entre o poder público, com seus incentivos e com a sua participação, a sociedade civil e as redes de supermercado, é muito possível que possamos sair vitoriosos nessa campanha", afirmou o prefeito.
O acordo pretende abranger todo o estado paulista. As três maiores redes de supermercados do país, Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart, aderiram ao projeto e deixarão de distribuir 1,7 bilhão de sacolas descartáveis em suas 600 lojas no estado. Os supermercados oferecerão, como alternativa, sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e sacolas reutilizáveis - ambas serão vendidas a preço de custo. O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, afirmou que a assinatura da Prefeitura é mais um passo de uma gestão que prima por ações de responsabilidade ambiental. Jorge citou como exemplo o caso da destinação do lixo na capital. "São Paulo não possui mais lixões, e sim aterros sanitários", disse ele.
Além disso, o secretário acrescentou que houve a preocupação para a construção de usinas de compostagem que captassem o gás metano produzido pelos aterros. De acordo com Eduardo Jorge, "a principal ação foi bloquear a emissão de gases do efeito estufa em aterros sanitários". O presidente da APAS, João Galassi, destacou que o projeto não é impositivo e que não haverá fiscalização. "É importante lembrarmos que este é um movimento de conscientização. As pessoas vão aderir por entender que isso é importante", explicou Galassi.
Veículo: DCI