O setor de alumínio continua à espera das conclusões do Grupo de Trabalho do Alumínio (GTA). Esse grupo foi criado pelo governo em julho do ano passado para analisar a competitividade da indústria e gerar um relatório técnico com as possíveis medidas a serem tomadas para favorecer a produção do metal no país. Até agora, no entanto, o GTA não deu notícias sobre suas análises.
Segundo o Valor apurou, o grupo está na fase final de um diagnóstico e se volta para as questões de competitividade, principalmente no que envolve os custos da transmissão da energia no país.
Estaria sendo considerada ainda uma espécie de "selo verde" para o alumínio brasileiro no mercado internacional. Dado que a produção do metal no país utiliza energia vinda de hidrelétricas - consideradas fontes renováveis de energia -, o metal brasileiro seria classificado como "limpo", o que poderia aumentar sua competitividade no cenário externo.
A equipe de estudos é integrada por representantes dos ministérios de Minas e Energia (coordenador do grupo), da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além deles, há técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O prazo de conclusão do relatório já foi prorrogado. Os fabricantes se queixam, entre outras coisas, do alto preço da energia, que representa 40% dos custos de produção do alumínio. Quando questionados sobre o assunto, os três ministérios não quiseram se pronunciar. (VD)
Veículo: Valor Econômico