O pagamento por serviços ambientais foi defendido pelo deputado federal, Arnaldo Jardim (PPS -SP) e pelo professor e superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável - FAS, Virgílio Viana, em evento que reuniu empresários em São Paulo. Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) relator do projeto de lei que trata do pagamento por serviços ambientais Virgílio Viana - professor e superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável – FAS
Viana disse que é possível incentivar financeiramente quem conserva suas áreas de preservação permanente e de reserva legal. "Existem custos para cuidar do ecossistema e nada mais justo, para quem o faz receber por isso". Para ele, a nova lei estabelece uma relação entre provedor e beneficiário dos serviços. "Dependemos muito mais das florestas do que imaginamos. Utilizamos os benefícios, não pagamos nada por isso e ainda não reconhecemos o que elas fazem por nós".
Para Viana, é preciso criar um prêmio para a conservação do meio ambiente, tornando isso um diferencial para quem cumprir a legislação. "Um forte exemplo é a Costa Rica, que remunera os proprietários rurais que contribuem com a preservação das suas florestas, tornando-se um modelo para os demais países", explica.
Outro ponto levantado pelo professor foi o incentivo à restauração para os que não cumprem a legislação e para aqueles que querem fazer algo além, em benefício do meio ambiente. "Precisamos corrigir uma falha do mercado, e a Lei de Pagamentos por Serviços Ambientais pode contribuir com isso", exalta Viana.
Já para o relator do projeto de lei 792/07, que dispõe sobre Pagamento por Serviços Ambientais, deputado Arnaldo Jardim, o PSA poderá constituir-se em um importante instrumento de preservação ao meio ambiente, aliando desenvolvimento econômico e preservação de áreas que devem permanecer intocadas. "A compensação pelo serviço ambiental também abrirá caminho para a economia verde", reforçou.
Até hoje, o Brasil não possui uma lei federal que institua a obrigatoriedade do pagamento pelos Serviços Ecossistêmicos - PSE/PSA. Para Jardim, o objetivo da nova lei é promover uma recompensa para quem recupera ou cuida dos ecossistemas que garantam serviços utilizados por todos, como conservação de água, biodiversidade e sequestro de carbono.
Segundo o deputado, as leis brasileiras precisam ir além da punição. "Os pagamentos por serviços ambientais representam uma boa oportunidade de não perdermos o que já conseguimos em termos de proteção das nossas reservas legais e áreas de preservação permanente", e completa, "é um instrumento para que a punição seja complementada por incentivo, premiação e reconhecimento da sociedade".
Ao final do evento, Roberto Klabin, presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, leu o manifesto que pede aprovação do projeto de lei 792/07 sobre Pagamento por Serviços Ambientais. O executivo ressaltou que esse tipo de pagamento, além de incentivo para os fornecedores de serviços ambientais, deve ser visto como um gerador de renda e de empregos.
O evento, realizado no dia 24, em São Paulo foi liderado pelo empresário e presidente do Lide - Grupo de Líderes Empresariais, João Doria Jr.
Fonte: Portal Abras com informações da Assessoria de Comunicação da Lide/ Fotos: Lide