Os pequenos negócios foram os principais vendedores de bens ecológicos, sociais e economicamente responsáveis para o governo federal, em 2012. Dos R$ 40 milhões gastos nas licitações sustentáveis, 57% foram pagos para as micro e pequenas empresas (MPES). Em apenas dois anos, a participação dos empreendimentos de micro e pequeno porte nesse tipo de compra pública cresceu de R$ 6,6 milhões em 2010 para R$ 22,4 milhões em 2012, o que representa um crescimento de 115%.
No ano passado, os bens sustentáveis mais comprados pelo governo federal foram computadores, aparelhos de ar-condicionado e resmas de papel A4. Tais aquisições movimentaram R$ 10,3 milhões, R$ 8,9 milhões e R$ 7,7 milhões, respectivamente. O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Barretto, disse que pensar em sustentabilidade é um importante fator de crescimento para os pequenos negócios. “A sustentabilidade é um diferencial de negócio. Queremos estimular esse tipo de produção nas pequenas empresas e o consumo desses produtos pelas prefeituras do país”.
Para movimentar ainda mais a participação das MPEs nas licitações federais, estaduais e municipais, no próximo dia 13, às 13h, o Sebrae e a Associação dos Tribunais de Contas (Atricon) realizam um encontro entre os técnicos dos tribunais de contas, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em cada uma das capitais brasileiras. O objetivo é capacitar gestores municipais e técnicos dos tribunais de contas para aplicar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa nas compras públicas.
Uma pesquisa do Sebrae demonstrou que 79% dos donos dos pequenos negócios sabem que as ações sustentáveis podem atrair mais clientes e que a sustentabilidade está fortemente associada às questões ambientais, sociais e econômicas. “Apesar do assunto sustentabilidade ser relativamente novo, os empreendedores já estão com a consciência de que esse assunto envolve diversos fatores, e que só traz benefícios para quem vende e para quem compra”, afirmou Barretto.
Veículo: Diário de Pernambuco